#se foi o único lance que já vi dele
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acabei de ver o golo do grego e já vi o suficiente @ Sporting desembolsem o dinheiro
#se foi o único lance que já vi dele? sim#vem ele e o tal maxi e fica o plantel fechado#sem mais entradas e SEM MAIS SAÍDAS#não me enervem
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Terça-feira, 02 de abril de 2024
Meu deus, esse é o mês do meu aniversário! Fui burra e esqueci desse pequeno detalhe e perdi de usar desconto de aniversariante para a Festinha de Jovens Descolados da Cidade daqui duas semanas, paguei preço cheio. 31 anos. Trinta e um. Que loucura. Quando criei esse espaço eu tinha 22, logo faria 23. Como o tempo passa. Acho que mais uma vez não vou comemorar. Nunca fiz nada na verdade, diria que é tradição.
* * *
Acordei hoje na cama do AA. Pois é. Depois dele muito insistir, inclusive. Desde que terminou com a namorada vive me mandando mensagem, me chamando pra sair, querendo me ver. Disse mil vezes que estava com saudade. Hoje pela manhã disse, além de estar com saudade, que estava com medo de eu não querer ver mais ele. Meio que não quero mais mesmo, adivinhou, mas não sei como falar. Ignorar não está adiantando então provavelmente em algum momento terei de agir feito adulta. O que acontece, na verdade, é que não curto mais transar com ele. E transar com ele era meio que o único motivo para me furtar para aquelas bandas. Pelo menos dormi no ar-condicionado.
O que me deixou muito feliz hoje ao acordar na cama do AA foi pegar meu celular e ver notificação do cara além-mar dizendo que estava pensando em mim e sentindo a minha falta. Querido. Lindo. Fofo. Ah, se eu tivesse dinheiro… chegaria agora no aeroporto pedindo je veux un billet d'avion pour Marseille, s'il vous plait.
* * *
Tem o lance da guria doida que por uma semana me perseguiu até voltar com a ex. Achei que estava resolvido. Pois então. Duas sextas-feiras atrás eu estava completamente triste. Fui dar uma volta, saí com meu bendito ex só pra beber de graça, e em algum momento lembrei que estava rolando uma festinha com entrada gratuita que toca exatamente as músicas que curto. Fui lá, vi as pessoas de sempre, fiquei fofocando de boas. Num dado momento avistei a dita cuja se comendo com um cara num cantinho. Pensei "aleluia! estou livre", mas pensei cedo demais, porque quando ela notou que eu me encontrava no mesmo recinto simplesmente largou o cara e voou para mim. Me arrancou do grupo de amigas, me segurou pela cintura, me jogou na parede, me cercando. Tive que segurar ela pelos ombros e dizer que eu não queria ficar com ninguém. Ainda assim foi uma luta para me desvencilhar dela. Que sensação horrível, me senti assediada. Não demorei muito e fui pra casa. Pela manhã vi várias mensagens e ligações dela, respondi com silêncio. Quinta-feira passada ela me chamou para sair, aí aceitei. Cheguei lá e ela achava que era encontro mas fui desabafar para a versão sóbria dela meu desconforto e reiterar que não quero ficar. Acho que entendeu. Espero, pelo menos.
* * *
Hoje finalmente fiz a carteirinha da biblioteca pública! Fazia tempos que já queria ter feito. Agora sim pertenço a essa cidade. Acho representativo. Porém fui afobada e peguei emprestado logo um livro de 952 páginas. Sabe deus quando termino! Estou devendo aqui um resumo vagabundo das leituras que fiz até o momento esse ano.
* * *
Fun fact: eu achava estranho que o cara além-mar insere uns ")))" no final das frases. Eu sigo muitas contas russas por causa de costura e modelagem e olhando os comentários de postagens em um dado momento notei que eles usam muito isso e significa uma carinha feliz. Ele morou muitos anos em Moscou, Rússia. :)
Not-so-fun fact: ainda não achei um outro teto para morar, o que eu gostaria ainda não tenho certeza que vai dar certo. Sigo sem perspectivas de futuro, não sei o que faço da vida. Não tenho um tostão no bolso mas quero dar rolê na Europa. Meu cérebro está derretido, não tenho miolos, só vento e tesão.
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but I keep on hoping nothing has changed (celric)
Esforçou-se em apenas aproveitar cada centímetro do corpo de sua amante, mesmo que fosse difícil manter o contato visual sem que sentisse novamente a vontade de questioná-la sobre suas incertezas. Evitou olhá-la nos olhos, então, dedicando-se a beijar sua pele e fazê-la produzir sons de prazer a cada toque e movimento. Cedric deixou claro que era ele quem decidiria o ritmo, impaciente demais para permitir que Celeste tivesse alguma vantagem sobre ele. Quando ela usou a boca para satisfazê-lo, foi o único momento em que sentiu tal resolução vacilar, pois se derretia sempre que experimentava a maciez de sua língua em sua região mais sensível. Fechou os olhos e se deliciou por alguns instantes, mas logo tomou o controle novamente, desconfortável com a ideia de se deixar vulnerável à Mechathin — mais do que já tinha feito, ao se deixar se apaixonar. Puxou-a de volta, beijou-a na boca e seguiu a repetir o que sabiam fazer de melhor. Talvez estivesse na palma de sua mão, tendo consciência de que ela também pertencia a outro e ainda assim desejando sua companhia, mas, na cama, Celeste se descontrolava e era ela quem ficava na mão dele. Ao fim, após levá-la ao ápice, primeiro com os dedos e numa segunda vez já a penetrando fundo, Cedric cedeu ao deleite do próprio orgasmo. Caiu exausto ao lado da maga de fogo e manteve os olhos cerrados por algum tempo, esperando que o relaxamento trouxesse junto com ele um sono que poderia adiar qualquer discussão. Mas ele não veio. Com a mente retornando teimosamente aos fatos do dia, Cedric suspirou e apoiou o corpo nos cotovelos, erguendo devagar o torso. Escolheu um ponto aleatório da parede à sua frente para fitar enquanto, ligeiramente irritado com os próprios pensamentos, sentia as perguntas se acumulando na garganta. — Há quanto tempo você está namorando? — Finalmente conseguiu dizer, abaixando os olhos para os de Celeste. Questionava sem conseguir forçar um sorriso, mas também sem tom de cobrança algum. Poderia fingir que era mais uma das perguntas que se faziam em formato de jogo se não tivesse o maxilar tão tenso ao fazê-la. — Vi nos tabloides hoje. Ela havia dito que ele não ocupava o lugar de um amante e tinha dado a entender, também, poucos dias antes, que não queria qualquer outra pessoa além dele. No entanto, Cedric já havia visto a maga de fogo com Doyle meses antes, no mesmo local da segunda noite dos dois. Ela mentia ou apenas omitia informações? Segundo a família Mechathin, Celeste e Lance estavam “se encontrando e se conhecendo melhor há algum tempo”. Seu punho se fechou sobre os lençóis sem que ele percebesse.
Não demorou tanto quanto gostaria para que Cedric trouxesse a tona o que ela queria que ele esquecesse ou pelo menos adiasse. A maga ouviu seu suspiro e sentiu uma ligeira remexida ao lado, mas não abriu os olhos, escondendo-se dos dele. Ele falou num tom sério e levemente irritado, percebeu, o que fez o coração dela bater mais forte, mas não pelos motivos de sempre. Celeste continuou em silêncio por alguns segundos, mas então, concluindo mais uma vez que não tinha como fugir, falou logo após um suspiro:
— Não estou — disse simplesmente ao abrir os olhos, evitando os dele, e se levantar num impulso só. Começou a coletar as roupas em cima da cama, mantendo o olhar na tarefa.
Era verdade, mas entendia o porquê do mago imaginar que estava. Na notícia, os Mechathin deram a entender que Celeste estava saindo com o herdeiro saindo há algum tempo. Três encontros encontros espaçados, sendo um antes de entrar no acordo com Cedric, e mensagens de texto nesse meio tempo eram o suficiente para definir que estavam “saindo”? Achava que não. Ainda não tinha nada sério com Lance Doyle, mesmo que as intenções fossem sérias.
Por isso, não julgou sua pergunta. Não teve que se questionar o porquê dele perguntar ”há quanto tempo” em vez de apenas pedir uma confirmação do status dela. Alguns dias antes, ela deu a entender não só que não queria ninguém, mas também afirmou que não estava saindo — ou melhor, dormindo — com ninguém.
Pensou que, ironicamente, Cedric se encontrava na mesma situação que ela estava semanas atrás, quando o viu aos beijos com outra mulher. Naquela ocasião, ele também tinha afirmado a mesma coisa, que só queria ela e mais ninguém, e apareceu dias depois numa cena que contradizia suas palavras. Ainda que o ciúmes fosse grande parte do que alimentou sua ira na época, não foi a principal razão, acreditava. Ela tinha se sentido enganada, o que fez com que se odiasse por ter acreditado nele.
Claro, aquele problema tinha sido superado e os dois herdeiros se envolveram cada vez mais em carícias não sexuais, culminando numa declaração da falta de desejo por outras pessoas. Com a lembrança em mente e analisando-a novamente no presente, a cena parecia muito mais apaixonada do que deveria, considerando que, se estivessem nutrindo sentimentos, não estavam naquele nível. Felizmente.
Ainda assim, entendia, e talvez por entender não podia brigar com ele por exigir explicações como um namorado ciumento.
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Eu fico parada pensando em como tudo começou. Me lembro da primeira vez que te vi e como meu coração parecia explodir ou sair pela boca. Sabe aquela paixão avassaladora?? O impacto foi tão grande que muitos que estavam ali, que eram íntimos, percebeu. Ninguém falou nada, muito menos eu. Eu lembro que naquele dia, muitas coisas estavam prestes a mudar na minha vida e a sua chegada foi parte disso. Eu prestes a tomar grandes decisões na minha vida e no meio de tantas coisas, você. Lembro de não ter contato, mas sonhava com você e meu coração palpitava sempre que vinha você na minha cabeça. Durante um período tive que voltar a mente para outras coisas, outros processos, mas ainda assim, você teimava em aparecer na minha cabeça. Um tempo se passou e minha vida deu uma volta de 360° em menos de 15 dias. Eu estava em meio a uma transformação, daquelas bem profundas. Aos poucos tudo foi se acalmando e eu estava mais centrada e no meio de uma coisa e outra, você. Via suas redes sociais, pensava em como puxar assunto e puxava.
A nossa história e meio fora do contexto normal, ou até mesmo fora de rota. Eu era casada, tinha uma filha e estava frustrada com várias coisas que sentia fora do eixo. Você, com seus processos e Ex amores que ainda te reviravam por dentro ao digerir os acontecimentos. Nos conhecemos através de um amigo seu do colegial, que era meu marido. Você em busca de respostas para o seu chamado espiritual e eu atrás de me encontrar dentro do que vivia. Uma publicação nos ligou. Você viu o que seu amigo do colegial publicava referente a meus trabalhos e os trabalhos da casa espiritual em que eu participo. Você entrou em contato com seu amigo, que passou o meu contato. Foi assim. Exatamente assim, sem nenhum absoluto movimento diferente que se quer, que nossas vidas se cruzaram. Vi sua foto e pensei “nossa, que mulher bonita” mas segui sem nada falar. Marcamos e você foi até a casa espiritual. E aqui, volto de novo ao momento que relatei lá no início. Assim que você entrou, meu coração explodiu. Não sei dizer se era aquele lance de “amor à primeira vista” mas sim, algo mudou. Aquele dia, foi o dia que antecedia a minha iniciação no candomblé. Nos vimos aquele dia e bastou aquele único dia para você revirar meus sentimentos.
Cerca de um mês se passa, até que vou retomando a minha vida após a iniciação. De preceito e com várias coisas diferentes na minha percepção, na minha energia e nas rotas a seguir.
Como aqui falo de mim e você, não entro em detalhes sobre meu casamento e o término dele. Mas ocorreu cerca de 15 dias após sair da iniciação. Deixo claro que isso se dá, decorrente de vários fatores que não vem ao caso, mas já estávamos ambos desgastados e a soma de acontecimentos trouxeram a finalização.
Eu me mudo em menos de 2 dias após que acabo o relacionamento junto com minha filha e pouco a pouco vou me fortalecendo em uma nova fase. Fase essa que eu não sabia nem metade do que estava por vir.
O tempo foi passando, eu ainda estava de preceito e seguia firmemente meu compromisso com a espiritualidade. Me sentia carregada nos braços do meu pai, mas sempre existia um sentimento lá no fundo que eu não sabia lidar. Era você. Alguém que nunca havia trocado muitas palavras, mas que fazia meu coração acelerar cada vez q via uma foto sua. Tomei a decisão então, de me aproximar. Lembrei que conversamos muito sobre coisas que você estava passando e que havíamos ficado com uma conversa pendente sobre… você. E aí estava. O espaço para que eu pudesse me aproximar.
(Continua…)
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MEU PRIMEIRO AMOR
2010 - 5ª série, EM George Washington - Diana, Campo Grande/RJ
Lá estava eu novamente na mesma escola que anos atrás me fez chorar e conhecer uma das minhas melhores amigas, mas isso é história para outro momento. Agora é a hora de falar, não dele em si, mas do sentimento - estranho para minha pessoa - até aquele momento que o vi, sentimento esse que já era familiarizada em contos de fadas - COITADA DE MIM, cômico se não fosse trágico.
Tá bom, ok. Vou deixar as coisas um poucos introdutória:
Era meu primeiro ano na nova escola - SIM clichê mas era isso, o que me fez fantasiar ainda mais - e tendo séries e filmes teens como exemplo - como fantasiei. Voltando: primeiro ano na escola nova, minha turma desde do jardim de infância foi pra outra escola, exceto o Bruno e a Michele - ufa, amigos - , turma de 5ª série - hoje em dia é conhecida como 6° ano - e eu tinha meus 12 anos. Mudanças era o foco principal naquele ano, não só por conta da escola e todo novo convívio social forçado mas também por causa do corpo, menstruação e puberdade - todo esse lance, sabe - enfim, mudanças. Apesar de eu querer continuar a mesma de sempre uma parte de mim gritava por querer aquelas fantasias de ser a minha paty da escola, pisar em todos e blá blá blá de vilan girl - olha eu me saio muito bem nesse papel, descobri isso no ensino médio - mas nunca fui a menina da casa com piscina, como todo ambiente novo fiquei destacada da comunidade ali já formada a anos, e conheci a Taynara - ficamos amigas por uns 3 anos ali naquela escola - e também conheci aquele que iria torturar a minha mente durante uns bons anos, cabelo cacheado sentado na fileira da frente, totalmente raquítico e baixo e com aqueles lindos par de olhos verdes e cílios totalmente curvados em perfeição divina - coisa que qualquer mulher paga uma nota na manutenção ele tinha de nascença, quer dizer tem até hoje -. SÉRIO SUELLEN COMO VOCÊ QUERIA SER A PATY DA ESCOLA?
Dito isso, eu o vi e fiquei totalmente obcecada e chamei de primeiro amor.
Douglas na época era um cara legal, o menino do bairro, tinha um irmão mais velho que era popular mas não me recordo muito bem, eu sei que em dias fiz amizade com a turma inteira, sempre tive essa facilidade, e implicava MUITO com ele e era recíproco. Lembrando dessas coisas vejo o quanto a gente é imaturo, normal.. era o primeiro contado com aquele sentimento de obsessão e, sim, virou uma apaixonite de criança que se fosse bem estruturada viraria um bela história de primeiro e único amor, mas queridos estamos falando de mim, TUDO SEMPRE SAI DO EIXO.
Quando dei por mim já estava sabendo que horas ele sairia de casa e como eu ia fazer pra esbarrar com ele na praça e ir toda manhã 7h para escola, eu era feliz com esses esquemas - é Taylor também sei ser uma mirtermind e pelo visto desde dos 12.
No desenrolar do ano já havia dito para todos que gostava dele, mas ele - NÃO SEI COMO ATÉ HOJE - nunca soube para tomar a atitude, falei que fantasiava com contos de fadas, contei para alguns amigos próximos dele, que eram talaricos. Tudo errado, normal. Enfim, também andei contando mentiras sobre já ter sido beijada, e uma cena que não sai até hoje da minha mente é aquele dia no pátio com a escola toda fazendo um circulo e ele e eu no meio, até hoje me arrependo de não ter te beijado, como ia ser perfeito, o garoto que eu gostava e atenção da escola toda e o meu primeiro beijo NO MENINO QUE EU GOSTAVA. Idiota. Obvio que me esquivei e fui salva pelo sinal. Na verdade acho que isso foi um sonho, sei lá.
Uma coisa eu sei, no ano seguinte foi o mesmo tormento com alguns picos de felicidade. Tormento n° 1 - não compartilhamos da mesma sala, então não dava pra ficar sentado juntos porém a gente ia embora quase todos os dias juntos, lembro que foi um ano que ele se mudou, então não encontra mais ele na praça e sim na esquina onde meu pai me deixava de bike, era mais tempo caminhando juntos. Tormento n° 2 - nossos momentos nunca era só nossos, sempre havia uma cambada de gente, acabei me tornando popular né, não do jeito tosco dos filmes estadunidense e sim da forma mais carioca possível JJ - geral juntos. E por fim o pior tormento de todos o n° 3 - no ano seguinte ele mudou de turno e arranjou uma namorada, meu coração ficou em pedaços, até arranjei coisa pra fazer na escola a tarde só pra vê ele e minhas amigas ainda embarcaram nessa loucura, na época já tinha 14 anos e se soubesse que iria ser o último ano na George teria feito muito mais coisas do que fiz mas também não mudaria nada.
8° ano, turma 1801, foi uma mistura de melhor turma com a pior turma do colégio, eu entrei pro coral da escola, todos me conheciam e eu queria mais, eventos que tinham eu brilhava, o lugar que eu fazia dança era convidado sempre pra se apresentar e eu me achava super - não e qualquer uma que dança - e tinha ele, eu me exibia pra vê se ele me notava. Infelizmente no fim daquele ano a George Washington não poderia nos formar e fomos jogados em outra escola, MALDITO GOVERNO. Meus sentimentos pelo Douglas esfriaram depois que entrei para perseverança da igreja com a desculpa que era pra acompanhar a Isa, mas na verdade era pra me aproximar dele de novo, e depois de 3 anos eu o beijei no retiro da perseverança e isso me fez sentir um homem hétero quando consegue o quer e joga fora depois. Uma parte de mim sentiu muito medo e sente até os dias atuais (sim, a gente conversa e somo bons amigos com um carinho enorme um pelo outro) e outra parte ficou bem satisfeita por finalmente beijar o menino que eu tanto gostava. Como disse esfriou, assim como tudo era novo a mudança para uma nova escola e as famosas festas de debutantes eu queria aquele êxtase de novo, de recomeçar mas dessa vez com uma experiência.
E o Douglas? Bom, anos mais tarde nos reaproximamos mais uma vez e agora mais adultos e engraçado que uma de nossas conversas ele disse que sentia a mesma coisa por mim mas eu o rejeitava na época da escola. Isso me fez pensar nas minhas fantasias de filmes teens hollywoodianos se tornariam real se fosse eu tomando a atitude, e só talvez a gente estivesse juntos até hoje.
Aos meus sentimentos pelo Douglas que começou lá em 2010 e perdura até os dias de hoje é de muito aprendizado sobre mim. Foi a partir dele fisicamente que eu sei o que me atrai em alguém, foi a partir de um quase que hoje não tenho vergonha e dou o primeiro passo se precisar, foi a partir do meu primeiro amor que sei o que é se apaixonar.
É obvio para mim que é um ciclo que nunca foi fechado de fato, é um ciclo cheio de interrupções e falhas de comunicação e muita pouca atitude, confesso que tenho um pouco de medo e não sei se estou pronta pra encarar meu passado e todas aquelas borboletas novamente, mas eu fantasio ás vezes.
Canções da Taylor: The Story of Us
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bonjour! acho que vi BRIE LARSON aqui em lanveur… na verdade, parece que ELÓDIE MARION CHAPELLE acabou de chegar na cidade! ouvi dizer que ela tem 30 anos e mora em lanveur há 7 anos. sua profissão é motorista de aplicativo e dizem por aí que ela é IDEALISTA E DETERMINADA - mas também pode ser IMPRUDENTE E TEIMOSA. parece que My Prerogative - Britney Spears foi escrita pensando nela!
●▬▬▬▬ ♡ BIOGRAFIA ▬▬▬▬▬●
Elódie é a primogênita dos Chapelle. Amélie e Vincent, um casal apaixonado e prestativo, possuíam uma idade mais avançada quando decidiram ser pais e com as crenças luteranas tiveram dificuldades em “domar” os espíritos livres dos filhos.
Após o ensino médio hesitante sobre que carreira seguir inscreveu-se na faculdade de administração, onde conheceu Charcot. Ele era herdeiro da empresa de seu pai e um rapaz dedicado. Prosperaram juntos nos primeiros anos e seu primeiro emprego formal foi como analista, seguido da supervisão do setor administrativo. Tudo parecia correr bem, exceto a parte sentimental. Elódie se sentia vazia, infeliz e incapaz de se enxergar na vida morna de dona de casa.
Já faziam 5 anos que moravam juntos com a mesma rotina. Foi quando decidiram adotar um filho, trazer luz para uma criança que precisava de um lar e para o deles. O processo burocrático corria há um ano quando ela descobriu a traição.
Aquele lampejo, seguido de uma série de acusações infrutíferas sobre si a fizeram sair de casa com uma simples mala e um bilhete que não voltaria. O pedido de divórcio chegou logo depois,
Com os pais já idosos e morando em um residencial no litoral Francês decidiu recomeçar sua vida ao lado da única pessoa que realmente poderia contar: seu irmão mais novo Ariel. Com ele começou a pintar sua vida com mais cores e descobertas e foi assim que assumiu-se homossexual, aos 27 anos.
Na adolescência já tivera experiências com garotas, mas sempre achou ser uma mera curiosidade. Somente quando se libertou de amarras pessoais que o mundo se abriu. Sua paixão por carros antigos, herança de seu pai, lhe deu a ideia de começar a reunir um dinheiro como motorista de aplicativos, até que conseguiu seu emprego fixo como chofer de uma nobre família da cidade.
Seus planos futuros incluem fazer um curso como guia de turismo para promover caravanas e excursões com o pé firme na estrada e conseguir ganhar o recurso para a guarda de Pierre, o doce órfão que seu ex-esposo reluta em abrir a guarda no processo.
Signo: Aquário
Data de Nascimento: 21 de Janeiro
●▬▬▬▬ ♡ HCS ▬▬▬▬▬●
Eloh possui 13 tatuagens, sendo apenas 6 delas recentes com símbolos feministas, lgbts, de empoderamento e a palavra “Ohana” que compartilha com o irmão. Suas tatuagens mais vergonhosas foi quando estava bêbada e fez a fada de Britney e um copo torto com “male tears”.
Falando em Britney Spears, ela é fã de carteirinha e seu irmão criou o movimento “Free Didi” para que ela se livre do ex-embuste.
Já foi presa por atentado ao pudor após ficar nua em um protesto. Felizmente foi solta pelo seu chefe que pagou a fiança.
Adora ver realitys shows e filmes de ação com whisky e pipoca.
O único esporte que sabe é o surf, por ter aprendido nas férias que foi visitar os pais. Mas adora assistir corridas de kart e as Olimpíadas.
Seus casos se resumem na maioria das vezes em casos esporádicos e Tinder.
Eloh define seu estilo como “piriguete lésbica dos anos 2000″. No guarda-roupa você encontra calça boyfriend de cintura baixa, regatas que mostram a barriga, jeans, camisa social e xadrez, botas, saias longas, pochetes, estampas animal print e claro: os terninhos de trabalho.
●▬▬▬▬ ♡ CONEXÕES ▬▬▬▬▬●
Girl Gang (1/3): se uniram por semelhanças de gênero, gostos, confidências e depois de notar que festas de pijamas com bebida e madrugadas a fio eram melhores quando juntas. (Eloise)
First Time: A primeira garota que Eloh teve uma experiência homossexual e hoje possuem cumplicidade.
Dumb-Friendship: com espírito livre, jovial e um pouco idiota essa pessoa desperta os risos e pegadinhas inoportunas. Dos momentos caóticos, as zoações e momentos verganhosos, não possuem nenhum problema em ser feliz dessa forma. (Clement)
Good-Influence: Essa pessoa pegou Eloh em um momento de fragilidade, criaram uma confidência e hoje esse muse ajuda ela a ser mais ponderada.
Justice League/ Partner in Crime: Protestar na praça pública, ir na parada lgbt, bater boca com gente folgada, reajustar a justiça? É o lance dessa amizade, mesmo que os modos não sejam nada ortodoxos. (Kat)
Ex marido: a combinar.
Ex namorada: essa relação não durou muito tempo pois ainda estava se descobrindo.
Patrãozinho: pareceu loucura quando Eloh se apresentou como motorista desse muse. Quem olha de fora acham que são amigos e talvez sejam mesmo, só isso explica as provocações que quase a fazem perder o emprego e ele ter ajudado na fiança.
Party Friends e Crush: Eloise chamou atenção na pista de dança por sua péssima habilidade. Uma bebida, alguns flertes e uma aposta a aproximaram de Brianna. O jogo era simples: se Eloh aprendesse a dançar devia um encontro e se não aprendesse? Bree quem lhe pagaria drinks.
Ex-amigas: eram vizinhas e por isso criaram laços, mas se afastaram com a vida adulta e carregam certa mágoa. Eloh acha que o afastamento é pelo dinheiro conquistado pela ex amiga, mas sabe que também não tem temperamento fácil. Uma bebida e um momento de vulnerabilidade, as lacunas do passado foram preenchidas e agora se compreendem. A empatia pelos ex-maridos ruins também as aproximou, mulheres que se unam certo? (Jeanne)
Advogado do meu coração: esse muse é quem está ajudando Eloh a reconquistar a guarda de Pierre e ela deve muito a elx.
Frenemies: Não sabe ao certo o que leva as disputas, mas o sabor da competição deixa até as farpas eletrizantes.
Contatinho (1/2): uma curtida no tinder, algumas noites de conversa e essas garotas se tornou uma boa companhia para as noites. (Jacqui)
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A rota do Nath é uma coisa tão absurda que lembro que na época foi um gatilho tão grande pra mim que até parei de jogar. A beemoov tem um sério problema em inventar de abordar temas sérios e depois cagar real no enredo. Porra se você não sabe como desenvolver um tema x não aborda ele no seu jogo caceta. (fiquei feliz em descobri que você é br, é bom as vezes xingar a beemoov na minha língua nativa)
Os roteiristas da Beemoov não conseguem trabalhar esse tipo de coisa de forma séria. Da forma como se deve. Outro exemplo, foi o arco do Armin. Ele foi preso, mas logo foi liberado, e a gente ficava boiando sobre o que tava acontecendo com ele na delagacia?? Foi tudo tão corrido e tão superficial.
Hoje eu perdi completamente a paciência com o fandom gringo de Eldarya. Eu juro que nunca vi tanta gente sem noção reunida num lugar só (talvez nas passeatas em apoio ao Bozo, mas não vamos falar de política). Eu juro que não consigo entender. Como alguém pode querer namorar um cara que tentou te matar? Brincou com você, ameaçou você, te bateu e colocou uma faca na sua garganta? O único motivo (e esse elas vivem exaltando) é que ele é bonito e gostoso. Porque não há como gostar de alguém com a personalidade e caráter do Lance. O único motivo é o físico dele mesmo. A menos que a pessoa tenha Síndrome de Estocolmo.
Da outra vez que resolvi me pronunciar sobre isso, uma das gringas me respondeu dizendo para não confundi-las com crianças ou adolescentes, porque elas saberiam lidar com o assunto, saberiam diferenciar um jogo da vida real. Beleza. Mas elas não são as únicas jogadoras, sabe? E você nem sequer precisa ser tão novinha para o jogo te passar influências e ideias erradas sobre o que é amor, o que é um relacionamento saudável. Fazendo garotas acreditarem que o amor delas é capaz de "curar" e "transformar" até mesmo um cara que tentou matá-las.
Pessoas como o Lance precisam de acompanhamento profissional, com psicólogos. Eu não sei o que as faz pensar que ele agiria de forma diferente com a Erika, ou que ele sequer consiga ter bons sentimentos. Só porque ele demonstrou o MÍNIMO de arrependimento, isso não faz dele uma pessoa boa, ou confiável. E muito menos é algum tipo de redenção.
Quando eu falei sobre o caso do Lance para uma amiga minha que já teve um relacionamento abusivo, ela ficou indignada também. E todo esse "amor" e anseio pelo Lance com certeza vem de garotas que nunca tiveram um relacionamento com um cara desses, nem presenciaram alguém próximo a elas tendo. Porque se tivessem, teriam consciência de como isso é sério e não estariam babando o ovo de caras tóxicos na internet. Não é porque é "só um jogo" que a gente tem que ficar normalizando e romantizando esse tipo de coisa. É assim que começam as influencias erradas. Imagina uma garota que cresceu lendo fanfics e jogando otome games como esse quando for se relacionar? Ela provavelmente tem uma visão bem errada do que é amor e corre riscos de estar em um relacionamento abusivo e nem perceber.
Desculpa o textão, mas é que essa galera me cansa.
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Nos Tempos da Fumaça
Querida Jenna Canbot (ou Carbot, tanto faz)
recebi um convite muito instigador de fazer parte de uma história ou algo assim, bem, nem eu sei explicar direito o que ta acontecendo, mas sei que é algo que envolve criar uma personagem e viver em universo carrolliano e que tem o Lewis Carroll e a minha história da Rose (da Rose no País das Maravilhas com toda a sua energia caótica) está sendo lido por pessoas muito carrollianas. Rose é de 2016 (você bem sabe) e em 2016 eu estava mergulhada em histórias com as brigas da família disso e daquilo e (Raikes,Dodgson, etc, mds...) se eu fosse reescrever essa história hoje em dia ela seria um pouquinho diferente, e aquele carinha que empresta a “pedrita blanca” teria um graaaaaaande destaques (eu só fico pensando se achasse a Princesa que Nos Honrará e elas lessem, eu seria banida do grupo em menos de um segundo hahahahahahahaha), mas enfim, estou dizendo essas coisas porque lendo as conversas (azidéia) decidi fazer alguns desenhos, eles ficaram horríveis, mas nada nesse mundo me impede de desenhar Lizandra e sua turma, então você vai ter que ver as coisas horrorosas que eu vi agora a pouco. Eu odeio pintar, minha câmera é horrível e como diria uma sábia desenhista: é uma bista tirar foto de desenho pintado com lápis de cor, mas ok, vamos lá
Essa daí é a minha personagem (a minha personagem no possível RPG terá que trabalhar na loja da Alice para viver cantando uma alegre canção) e é ela é ousada ela, mas as vezes se esquece que mora na Inglaterra e lá a Sara Winter já morreu (oh que sorte a deles, né Jenna)
E assim ela fica quando se dá conta
Você lembra daquele meu projeto dos 4 grandes? Então, me começou a vir umas cenas estilo novela mexicana (porque só em novela mexicana ou mesmo latina para esses lances de bebês trocados e pessoas que não morreram, não é? Poisé) Essa daí era para ser a Pricklett (sei lá como escreve essa porra), serpa tipo: cenas do capítulo anterior - Ela admitindo que trocou os bebês (ela trocou o “herdeiro” Albert “Liddell” por um moribundo simplesmente porque é a vilã) e como toda boa vilã, ela não precisa de uma motivação mais forte do que ser louca, ou ter ciúmes, ou realmente não sei
Eu não consegui pensar em um nome melhor do que Nos Tempos da Fumaça (é um nome horrível, convenhamos, mas me dê dicas de nomes para uma novela dramática vitoriana)
Então Albert teria crescido nas ruas de Londres como um ladrãozinha de quinta para sobreviver, e quando descobriu que não era órfão e que seu pai era um “””reitor””” famoso, ele ficou muito puto e muito puto e muito puto mesmo (quem não ficaria) poderia ter ido estudar em Eton, essa foi mais ou menos a reação dele (pose do Dio e ele até gritou WRYYYYYYYYYYY!!!!!). Mas sua vida não foi de todo ruin, ele pelo menos cresceu amando a moça mais linda da East End
a Pricklett do lado está tipo falando “oh boy...” ela sabe quem ele realmente é, né
Albert não é o único que descobriu que é filho do reitor Liddell, Gisele (Genevive, tanto faz) também descobriu, sua mãe contou que no caso ela é uma filha bastarda que ele teve fora do casamento em uma de suas passagens por Londres, no começo ela pensou : Ah, ok, sou a filha bastarda de um cara importante... E depois ela pensou: Ah não!!! Meu namorado é um Liddell! E a gente até já transou! Mas CALMA!! Apesar dessa confusão, Gisele não praticou incesto, nem o Albert, isso porque Albert não é um Liddell, você sabe quem é o pai dele (e não tem problema nenhum nisso), agora você pode imaginar a cena do casal sendo apresentado na reitoria, foi chororô, gritaria, um monte de coisa, até que tudo fosse esclarecido e TANAM! Temos um Dodgson e uma menina Liddell, nada de novo de baixo do sol
Essa é como eu imaginei a Lizandra Beatriz Carmeselina sei lá das quantas (sinto que alguém vai querer comer o meu fígado depois de algumas cenas, oh senhor, eu estou sentindo isso nos meus ossos, Jenna Carbot me ajudaaaa!!!). Como você pode ler (ou não, porque a foto ficou horrível) Lizandra disse que o cheiro de ópio é nostálgico a ela, isso porque... Bem, você sabe, todos nós estávamos lá, aí eu coloquei como se escreve a década em que ela supostamente nasceu
O Eduardo diz que é uma pena que uma moça tão bonita quando Lizandra fica aí usando roupas de dez anos atrás (tipo, como se ela estivesse fora de moda) hahahahaha, me peguem historiadores de moda, Lizadra está na moda e nada vai me convencer do contrário (aqui no caso a Lizandra está com 20 anos, por aí) eu sei muito sobre moda vitoriana e sei que ela está na moda, o Eduardo que insiste em dizer que a roupa dela está fora de moda, (ele faz a gente pensar que a qualquer momento ele vai espirrar canela na cara dela, mas é só manha porque a gente sabe que no fundo ele a adora e até deu um tablet para ela no aniversário de 21 anos dela, mas quem dá um tablet para uma criança? Bem, eu não sei)
As meninas estão lendo a história da Rose e eu estou um pouco desesperada porque a história da Rose tem um monte de coisas condenáveis e um monte de erros de português, mas a Jenna (a sua xará) disse que apesar do ritmo frenético (e da energia caótica que ela não mencionou, mas que salta para fora do wattpad) ela até gostou e recomendou para as outras, acho que o Sam também leu... Acho que estou em mal lençóis... Bem, pelo menos não é A Princesa que Nos Honrará com discussões do tipo
- Não, os descendentes de Albert que tem que assumir pq ninguém tenta afogar os descendentes de Albert com chá de canela
Camppell - O Imperadooooor, olha o que eles ficam falando de miiim!!!
Charles - Peraí, eu estou pausando o meu plano de assassinar o Martin para lutar contra esse inimigo que me vai fazer sangrar tanto que o reitor atual da Christ Church vai escorregar no piso e cair pela janela
Martín Pérez- Eu enganei todo mundo, seus troxa
Descendente do Morales - Ain, pq o Morales não era nada moralista
Charlote- Eu não quero casá
Descendente do Edwin - Eu fugi da ilha mais isolada do mundo com ciganos que passaram por lá
Ed, o jornalista - NÃO ME MATA SENHOR DODGSON, PROMETO QUE NÃO VOU COMER SUA SOGRA
Acabei de resumir essa história maravilhosa e tenho esperança de que um dia eu a recuperarei
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05.08.2020
Cara, fazia uns bons anos que eu não abria isso aqui. Quero só deixar um recado caso um dia volte de novo. Reli várias coisas, fiquei uns 40 min vendo a outra conta. Confesso que me julguei um pouco, até por algumas coisas que eu lembrava kkkkkk. Mas também me acolhi e muito. Sabe, é muito curioso e bem forte rever todas essas coisas, ver as situações que eu tava, coisas que eu pensava, coisas que eu achava engraçadas. Lembro que esse era o único lugar que eu podia ser bem deprê sem medo pq ninguém que eu conhecia ia ver mesmo kkkkk. E rever tudo isso e ver onde eu cheguei agora, o que mudou, o que não mudou... isso não tem preço. Hoje minhas felicidades são outras, minhas tristezas e também os medos. Algumas coisas não, mas no geral sim. To um pouco emocionada de ta aqui e ver todas essas coisas, ver essa mudança.
As vezes tenho a impressão de que o tumblr ta diretamente associado com ~coisas tristes~ da minha vida, e não é isso kkkk era só um lugar que eu podia ser triste em paz.
Não sei muito bem pq, mas vou atualizar algumas coisas da vida, quem sabe um dia eu volto, faço disso minha constante capsula do tempo pra mim mesma.
Bom, continuei cursando Sociais e decidi me formar. A gente ta em plena pandemia agora então isso vai atrasar minha formatura, mas tranquilidade. Na vdd to desesperada pensando que só vou me formar em psi com 30 anos kkkcry mas ok vamo q vamo. Acho que isso é uma das minhas maiores aflições atualmente. Cheguei até aqui e até hj não faço psi. Fico tentando compreender que esse é meu tempo e ta tudo bem mas as vezes é dificil. Mas gosto de sociais, só não sei como trabalhar com isso.Enfim.
(parenteses: me sinto escrevendo pra uma eu mais nova? kkkk como se eu tivesse ganhado mais maturidade nesse tempo e agr estou aqui numa posição “””maior”””)
Entrei em vários projetos de extensão também. Na socius, o que ta sendo legal, no ciso que também tá massa mas me gera um pouco de ansiedade pq mexe com um lugar que tenho muita dificuldade que é o ensinar, e no umanità. Eu fico me metendo num monte de projeto e isso me cansa muito. Minha teoria é de que sempre me sinto pra trás, como se nunca tivesse acompanhando as pessoas e todo mundo tá ai realizando coisa na vida e eu to pra trás realmente. Agora na quarentena a sindrome de impostora ta batendo forte, mas tenho trabalhado bem com a vann e a flavia isso e acho que tenho me saído bem na medida do possível kkkkkk.
Nesses tempos também várias coisas aconteceram. To namorando com thiago de novo, tem 2 anos e 9 meses já. Altos e baixos. Acho engraçado pq grande parte das coisas que estavam aqui eram sobre algum sentimento atrelado à minha história com ele, o término, as mágoas etc. Vi um post aqui que falava alguma coisa sobre um dia poder conversa sobre tudo. A gente não conversou sobre tudo mas conversamos sobre várias coisas. To me devendo falar sobre várias coisas com ele. Firmo aqui uma promessa (que provavelmente em todos esses anos eu devo ter feito outras vezes, desculpa amanda do passado kkkk) de falar assim que a pandemia passar. A gente não ta se encontrando. Falando assim parece que ta bem ruim o relacionamento né? É que realmente muita coisa recente aconteceu e esse virus ta complicando muito tudo, mas antes, até janeiro ali (viajei pra europa em fevereiro! Vou contar depois!) tava tudo muito bom! A gente tava realmente além do amor, muito apaixonado. Gostoso demais. Fizemos até uma viagem (que durou 24h kkkk) pra SP em dezembro. To com muita saudade. Mas agr tem sido puxado sabe. Já me questionei inúmeras vezes sobre esse relacionamento. E nem aconteceu nada demais. Bom na vdd em fev eu suspeitei de que ele tinha me traído. Escolhi que não ia falar nada até poder ser pessoalmente pq se levasse a gente a terminar em plena pandemia onde eu nao tenho um colo amigo nem um rolê pra me distrair eu nao ia dar conta. Mas agora eu nem sinto mais essa lance, no começo foi mais intenso seguir achando que isso tinha acontecido mas sem falar nada sobre. Enfim né, agora ta tudo bem, só tamo longe e eu to com saudade de tudo, especialmente do que eu sei que a gente pode ser. Amo ele, quando ta tudo bem é muito bom (que frase horrível).
O lance pra entender esse momento realmente é a pandemia. Tudo ta mais dificil, mais emocionalmente desgastante. Medo constante. Se tivesse me perguntado final do ano passado ou inicio eu ia ta muuuito bem e feliz, especialmente no inicio que eu consegui meu primeiro estágio! Tava sendo uma grande mulher que realizava tudo o que queria.No meio não, pq no meio caiu as arvores na minha cabeça.
Isso da arvore é uma lombra tb pq eu nunca tinha ligado mt pra essa coisa de estresse pós traumático mas nossa...... é real. Eu sou bem (mais) hipocondríaca hj em dia. Pretendo me livrar disso aos poucos assim que a quarentena passar, pq vou poder testar os alimentos que eu parei de comer (castanhas, frutos do mar) por medo de ter edema de glote (sendo que eu sempre comi saca a mente é mt interessante pq conscientemente eu tenho certeza q nao tenho alergia a nada disso mas nao tenho coragem de voltar a comer). Mas ja fico sozinha oq é ótimo pq antes nem isso eu conseguia. Doideira demais
Viajei pra Europa esse ano! Foi doido demais! A barbara ta na austria terminando o doutorado e eu e a nat fomos la visitar. Fomos pra viena, budapeste, praga e amsterdam. Vei foi maravihoso. Queria ter aproveitado mais o lance das comidas pq ja tava assim como relatei (mas confesso que não me arrependo de nada não sabe? É só pela qualidade de vida que é não estar surtada) e amsterdam, que quando a gente chegou o bicho começou a pegar do coronavírus.
Aqui em casa estamos bem no geral. Passamos por momentos tensos, mas o lance da arvore nos uniu de certa forma. E agora apesar de ter uns conflitos estamos bem. Temos entretanto muitos estresses ainda, que atualmente se concentram em eu dar patada oq é vdd e eu odeio mas acho dificil de controlar, minha mae ser a dona da razão e meu pai nao se cuidar. Isso ta MUITO resumido mas to doida pra ver como vai ta no futuro.
Isso de pensar no futuro me aflige um pouco pq meu pai esses dias tem falado de mudar pra portugal e eu fico pensando caralho preciso resolver minha vida e me bancar pq logo logo meus pais nao vao mais fazer isso. Essa parte é foda.
Que mais.....
Eu to na Orquestra né, toco um instrumento e amo meu agbê e deveria treinar mais. Toda vez que posto uns video tocando no insta ganho bastante biscoito kkkkkk modéstia a parte. Ultima vez que postei mais de 40 pessoas responderam meus stories oq é legal, da vontade de continuar. Na pandemia agora voltei pro ballet depois de quase 3 anos fora (sai pq machuquei em giselle 2017) e comecei a fazer yoga. De uns anos pra cá eu tenho ficado bem tilelê, gosto de aromaterapia, dançaterapia, ayurveda.... espero estudar mais sobre isso no futuro.
Meus avós tao velhos! Meu vô rubian voltou pra bsb e é impressionante como ta lúcido (na maneira dele né, aquela coisa). Meu vô moacir outro dia fugiu da quarentena pra ir no banco kkkkkkkk ele ta velhinho também mas ta lúcido! Minha vó maria ta bem, mas de uns 1,2 anos pra cá ela envelheceu. Foi quando ela teve que ficar parada em casa mt tempo pq teve um problema no pé. Minha mãe diz que isso pra eles são 10 anos. Nisso ela começou a caducar.... E ai recentemente descobrimos que ta com parkinson. Diz minha mãe que as vezes ela tem uns delirios mas ela ainda ta fofa e normal cmg.
Acho que é isso. A vida é muito louca. Tudo mudou mas muita coisa ta igual. Tenho tido dificuldade de me amar, esse lance do corpo, rosto, nariz, olheira etc... também tenho tido muitos medos ta foda. Mas também acho que são efeitos da pandemia. Tô doida pra isso acabar pq na real num geral eu me acho mt foda, um mulherão! Quero voltar a realizar coisas logo. Enfim, é isso. Falei demais sobre coisas que nem era oq tava planejando. Sao 04:05 da manhã agora e ja vou deitar.
Quero deixar uns adendos: agora eu uso (até demais) o tuiter (desde 2017), sou conhecida por gostar de bumbum e fazer carinho nos dos meus amigos que me dão permissão, falo constantemente algumas coisas como “a vida acontece/ a vida aconteceu bem diante dos nossos olhos” e “antes tarde do que mais tarde” e acho isso pertinente nesse desabafo todo (e espero nao esquecer disso nunca). Acho que é isso. Ah e aquele texto que eu escrevi em 2016 da luz acender e etc, ainda amo, honro e tenho mt carinho por ele. Acho muito bonita a forma que escrevi sobre a minha depressão numa narrativa que considero sutil (isso do texto foi do nada mas é que li ele aqui e lembrei). Ah eu tb me mudei mais 2x. Moramos na 306 sul ai depois fomos pra 106 sul que eu amava mt aquele ap e agr tamo na 313 que eu gosto mas confesso que o outro tinha coisas que sinto falta kkkkkk por exemplo sol que dava pra eu ter minhas plantinhas.
Fim. Até a próxima, eu do futuro e passado
[edit: eu nao revisei nada desse texto só fui jogando as ideias e postei depois, sequer li pra ver se tava bom]
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One Shot Niall Horan
(Feat. Yasmim | @1dnossavida)
Especial NHoran ♡
Na quadra do colégio paro para admirar o folheto que fez meus olhos brilharem, a enorme, iluminada e colorida roda gigante estampada no mesmo parecia ganhar vida e eu só me imaginava me divertindo nela junto de Niall. Me levanto da arquibancada retirando toda poeira da calça de uniforme e saio correndo em direção a biblioteca onde eu sabia que encontraria Niall estudando desesperadamente para a prova de ciências. Entro no local totalmente silencioso e o encontro com os olhos fixados em um livro.
— Niall... — o chamo baixinho — Preciso te mostrar uma coisa.
— Não pode ser mais tarde, sorvetinho? Tenho muito o que estudar. — Niall me deu esse apelido quando nos conhecemos por eu ser fascinada em sorvetes, ele entrou na sorveteria do bairro e lá estava eu lambuzada de sorvete tentando decidir o próximo sabor que escolheria.
— Precisa ser agora, Niall, depois te ajudo a estudar! — me sento ao seu lado sorrindo, tentando o convencer, ele sabia que nada me tiraria de sua cola até que eu tivesse sua atenção.
— Tudo bem, o que tanto você quer me mostrar. — abandonando o livro no canto da mesa, sua atenção se focou em mim.
— Olha isso! — tiro o folheto da mochila o entregando. — Não é demais?! Precisamos ir!
— Você sabe que eu não curto muito esse lance de altura... — Niall me entregou de volta o folheto. Eu sabia que ele tinha medo de altura, mas eu também sabia como o convencer.
— Por favor Nini, você sabe o quanto eu amo parques de diversões, por mim Niall, pela nossa amizade, vamos no parque? — um drama nunca fez mal a ninguém.
— Tudo bem, posso pensar no seu caso, sorvetinho.
— Peça a tia Maura para nos levar. — sorri e beijo sua bochecha e um tom avermelhado tomou conta de sua face.
.
Nós chegamos no parque e a expressão no rosto de Niall me fez ter uma crise de riso, nunca me senti tão feliz ao lado de alguém como me sinto ao seu lado. Meu melhor amigo. Desde que me mudei para Mullingar, Niall é minha melhor companhia. Nos demos bem logo de cara quando ele pediu dois sorvetes e me deu um, assim ele acabou com minha indecisão por ter escolhido ele mesmo o sabor do meu.
— Viu, não foi tão ruim assim! — comento rindo de seu medo enquanto minha mão era esmagada pela sua desde que o ofereci conforto.
— Já estamos no chão? Já posso abrir meus olhos?
— Já estamos, Niall! Você perdeu todo passeio. — comento assim que descemos do brinquedo, ele na minha frente andando o mais rápido que pôde. Sua mãe estava nos esperando ao lado da bilheteria, longe o bastante para nos dar privacidade e perto o suficiente para manter os olhos em nós.
— Você sabe que só fiz isso por você. — um beijo foi depositado em minha bochecha. — Agora temos que ir para casa, já está tarde.
Voltamos para casa sorrindo e brincando, estar com Niall é uma das melhores partes dos meus dias, ele alegra a minha vida, ainda mais se tiver gargalhando escandalosamente.
Ao esquina da rua da minha casa pude perceber um caminhão na frente da garagem e meus pais dizendo algo às pessoas que saiam dele.
— O que está acontecendo? — pergunto assim que chegamos perto deles.
— Filha... O estado de saúde da sua avó piorou essa tarde e nós estamos voltando para a Inglaterra, precisamos ficar o mais perto possível dela nesse momento. — senti meu coração doer com as palavras de meu pai. Minha avó tem estado no hospital há alguns dias, tínhamos bastante esperança de que ela ficaria bem — Se despeça de Niall, sairemos pela manhã e você precisa arrumar as suas coisas.
— Não... Nós podemos ir e voltar quando a vovó estiver melhor. — talvez meus pais não pensaram nessa possibilidade no calor do momento.
— Eu pedi para me dispensarem do trabalho e não sabemos quanto tempo ficaremos fora, não tem sentido continuar pagando o aluguel dessa casa se não vamos estar nela. — explicou meu pai — Sentimos muito por ter que deixar seu amigo, mas foi o trabalho que nos trouxe aqui e eu não tenho mais ele...
— Isso não pode ser verdade, Niall! — passo meus braços em volta de sua cintura o apertando contra o meu corpo, enquanto o choro me consumia.
— Eu... Eu posso ir te visitar, sorvetinho. — era nítido a tristeza em sua voz.
— Eu não posso te deixar, eu não vou conseguir viver longe de você, Niall... Isso não pode estar acontecendo. — sussurro contra o seu peito — Primeiro minha avó adoece e agora eu tenho que te deixar...
— Nós vamos nos reencontrar novamente, sorvetinho, eu tenho certeza, eu vou te esperar, você promete me esperar? Até termos idade para ficar juntos, assim ninguém nunca vai nos separar. — Niall sussurra no meu ouvido me apertando em seu abraço — Aguente firme por mim? Eu estarei aguentando por você.
— Eu prometo, eu te amo tanto. — digo me acenando em sua direção enquanto dou alguns passos para trás.
— Eu te amo! Logo vamos nos ver novamente. — me viro deixando as lágrimas caírem sem controle pelo meu rosto, meu choro só ficou mais alto quando entrei no meu quarto e vi uma foto minha com Niall na mesma sorveteria que nos conhecemos. Será difícil ver os dias passarem sem Niall ao meu lado, mas eu prometi aguentar, pelo menos até eu fazer vinte e um anos.
Anos mais tarde
O vento fazia com que meu corpo tremesse por inteiro, aperto o casaco e caminho o mais rápido possível até o apartamento que dividia com minha amiga Kate. Eu poderia ter me prevenido de trazer um casaco mais grosso, mas não passou pela minha cabeça que o tempo ficaria mais frio.
Depois de um longo dia de trabalho tudo que preciso é de um banho quente, minha cama e um bom descanso.
— Kate, cheguei! — digo sem receber uma resposta em troca. — Kate? Você está em casa?
— (Seu nome), você chegou! — só quando eu entro de fato na sala que ela nota minha presença, mas não demorou voltar a me ignorar.
— Você já foi mais agradável comigo... — deixo minha bolsa perto da porta e começo a tirar meu casaco — Já me olhou por mais de meio segundo depois que cheguei e perguntou sobre o meu dia. — penduro meu casaco cabideiro e me virando para encará-la. — O que tem nesse notebook que você está tão interessada.
— Escuta essa música. — ela apertou um botão do teclado e logo uma melodia ecoava por meus ouvidos.
[...]
I want to tell you everything The words I never got to say the first time around And I remember everything From when we were the children playing in this fairground Wish I was there with you now
(E eu quero te dizer tudo As palavras que eu nunca disse da primeira vez E eu me lembro de tudo Desde quando éramos crianças brincando nesse parque de diversões Queria estar com você lá agora)
[...]
And I know that it’s wrong That I can’t move on But there’s something about you
(E eu sei que isso é um exagero Que eu não consigo seguir em frente Mas ninguém é como você)
[...]
Everything comes back to you
(Tudo me lembra você)
A voz que entrava por meus ouvidos fez meu coração bater mais forte, a letra soava como algo que eu já havia vivido, as lembranças de doze anos atrás voltavam a se passar em minha mente trazendo a de volta tudo aquilo que vinha mascarando desde a nossa despedida, a promessa que havíamos feito quanto tínhamos apenas onze anos parecia mais viva do que sempre foi. Niall. O único nome que ecoava em meus pensamentos.
— Kate... Quem canta essa música? — saio do transe que estava e foco minha atenção em Kate, a voz era um misto de algo novo e algo familiar.
— Ele é novo na música, (seu apelido), pesquisei sobre e ele está estourando em alguns países. — me sento ao lado dela a tempo de vê-la abrir outra aba no navegador de pesquisa — Aqui está a biografia dele. Niall Horan, ele é Mullingar, Irlanda. — ao ouvir seu nome meu coração pareceu errar uma batida e algo em mim se aqueceu no mesmo momento, ali estava tudo sobre Niall e a foto mesmo que pequena não me deixava ter dúvidas. Seu cabelo está tingido, mas eu reconheceria aquele rosto em qualquer lugar não importa quantos anos tenham passado.
— Niall... Eu não acredito...
— Podemos ter dois ingressos para o show dele nesse final de semana, você quer ir comigo? — ela abriu outra aba onde eu pude ver um site de venda.
.
Os dias se passaram como um borrão, ansiedade tomando conta de mim não me deixando descansar pensando no que fazer para nada dar errado, esses dias me fizeram ter uma certeza, nada me impediria de ficar diante de Niall.
O show acabou e no meio de tanta gente Niall não pode me ver, minha voz chamando por ele era apenas mais uma na multidão, minha tática deveria mudar ou não nunca iria atingir os meus objetivos.
— Vem, Kate! — agarro a mão da minha melhor amiga a apressando para que deixemos a multidão para trás, eu iria até um dos seguranças e exigiria um momento com Niall.
— Aonde você vai? — Kate me perguntou enquanto eu marchava até a área privada atrás do palco, tivemos que passar pelas grades antes disso.
— Niall está ali atrás. — quando eu estava prestes a passar pela porta um homem alto, forte e bem trajado se colocou à minha frente de braços cruzados.
— A saída é pelo outro lado! — disse com a voz extremamente grossa sem nenhuma simpatia.
— Preciso falar com Niall, ele é o meu amigo de infância. Diga que a sorvetinho está aqui para vê-lo. — minhas mãos estão molhadas pelo suor da ansiedade, meu coração batendo em esperança.
— Facilite o meu trabalho e pare de brincar. Sabe quantas amigas de infância o Niall tem? Não caberia em um livro de trezentas páginas, todas as garotas inventam a mesma desculpa achando que nós brincamos de segurança. — ele bufou — Seja um pouco racional e se retire antes que eu precise fazer isso por você.
Grosso. A única palavra que define o armário que é o homem à minha frente.
— Você não entende, moramos próximos em mullingar, eu precisei me mudar e nos distanciamos. Eu preciso muito falar com ele, por favor.
— Acredite cara, eu também não acreditei. Ainda acho que ela bateu a cabeça no caminho do trabalho para casa. — encaro a Kate e ela deu de ombros.
— Se retirem, nem uma "amiga" é permitida. — ele fez aspas com os dedos.
— Deixa isso para lá, (seu apelido), você nunca conseguiria passar por ele. — Kate começa me puxar para longe da porta que me levaria até Niall. Meus olhos foram enchendo de lágrimas à medida que eu me afastava, não tinha o que dizer, estava tão longe e tão perto dele — Deixa para lá o caramba! — minha amiga parou já do lado de fora do local do show e segurou meus braços — Precisamos de uma abordagem pesada, como pôde ser tão ingênua em achar que simplesmente chamariam o Niall para você?
— Esperança? — limpo as lágrimas que desceram pelo meu rosto.
— Você tem que ter determinação, garota! — ela me sacudiu de leve — O estacionamento está fechado, nos disseram isso quando chegamos. É claro que o carro que trouxe Niall e o caminhão com os instrumentos estão lá e é onde a gente vai estar esperando por ele também.
Eu sorri com a ideia brilhante e me deixei ser levada por ela em direção ao estacionamento, não contávamos que os muros seriam tão altos quando encostamos perto deles, rodeamos o quarteirão e nada poderia nos ajudar a escalar.
— Tem seguranças na porta, aqui é a sua entrada. — olho para cima e nego com a cabeça imediatamente.
— Como?!
— Eu vou me abaixar e você vai subir em mim, tentarei me levantar o máximo que eu puder para que você consiga chegar ao topo.
— E para descer depois?
— Não pense no depois, somente no agora! — ela me advertiu.
— Eu vou cair de cabeça e morrer, você está louca!
— Você vai ver seu amor hoje e não vamos para casa sem que isso aconteça. Vamos fazer por partes, primeiro você sobe e estuda o território pelo lado de dentro, talvez tenha uma moita que você possa cair em cima ou até mesmo uma lata de lixo que pode ser usada como degrau. — Kate falou com tanta certeza e segurança que me deixou segura para tentar.
— Tudo bem, se abaixe. — ela se encostou no muro e apoiou as mãos nos joelhos abaixando metade de seu corpo — Me desculpe desde já se eu te machucar.
— Agora (seu nome)!
Subir sobre as costas de Kate foi um pouco complicado, eu escorregava e temia machucá-la, depois de tirar meus sapatos ficou um pouco mais fácil. Fiquei de pé em suas costas morrendo de medo de prejudicar sua coluna, ela gemeu baixo e segurei a borda do muro o mais rápido possível puxando meu corpo para cima.
— Consegui! — grito meio sussurrando para que se alguém estiver do outro lado eu não corra o risco de ser flagrada. Me sento voltada para o lado de fora ainda, Kate parecia bem.
— Isso aí! — ela sorriu me mostrando os polegares — Vire-se para dentro e estude um lugar bom para descer.
Fiz o que ela disse, estava completamente vazio os lugares perto do muro, nada que eu pudesse usar ao meu favor.
— Nada aqui! — olho para Kate por cima do meu ombro.
— Desça já daí ou chamaremos a polícia! — um homem saiu de uma porta no canto que eu sequer tinha notado e estava vindo em minha direção.
— Kate!
O homem se aproximou até estar bem debaixo de mim e na pressa de virar meu corpo para o lado de fora acabo me desequilibrando, meu coração bateu em meus ouvidos quando minha pernas levantaram e meu corpo entrou em queda livre, tudo que eu pude fazer foi fechar os olhos com força.
Os segundos se pareceram minutos, quando eu abri meus olhos a face irritada do segurança estava bem na minha frente me fazendo perceber que ele conseguiu me segurar.
— Você está encrencada! — foi tudo que ele me disse antes de começar a me levar.
— Não! Por favor! — Me debati em seu colo — Eu só quero ver meu amigo! Não seja tão ruim! — ele não estava me soltando por mais que eu tentasse.
— O que está acontecendo? — a voz de uma terceira pessoa me fez parar de falar e me mexer.
— Vimos essa garota em cima do muro pelas câmeras de segurança, desculpe esse incidente, prometemos que ainda está seguro, Niall.
— Niall! — minha cabeça virou em sua direção em tempo recorde — Sou eu! (Seu nome)!
— (Seu nome)? — Niall deu passos largos até estar diante de mim me olhando como se nunca tivesse me visto antes — Coloque-a no chão! — ele abanou com a mão e eu fui delicadamente colocada de pé, mal conseguindo me manter sobre minha pernas.
— Eu senti tanto a sua falta! — lágrimas já estavam correndo pelo meu rosto quando jogo meus braços em volta do seu pescoço mantendo nossos corpo presos, eu nunca o deixaria se livrar do abraço.
— Você cresceu, sorvetinho... — me afasto alguns centímetros para olhar seu rosto, um sorriso grande e bonito enfeita sua face. Sem pensar, colo nossos lábios em um selinho demorado e Niall não me afasta mantém nossas bocas coladas.
— Desculpe. — digo assim que me dou conta que ele pode ter alguém, eu não achei nada sobre isso na internet, mas nem tudo está lá.
Fecho meus olhos quando a mão dele encontra a lateral do meu rosto me puxando para colar nossos lábios novamente, agora um beijo de verdade, onde posso sentir seu gosto de menta e a sensação de ter meu corpo flutuando em nuvens.
— Eu te amo! — ele diz separando nossas bocas e unindo nossas testas — Eu digo isso um pouco diferente de quando eu dizia anos atrás, éramos muito novos para saber, esses anos longe só me mostraram que o meu amor por você vai muito além de um amor de amigos.
Sorrindo maior do que eu sabia que podia, selo nossas bocas novamente fazendo uma promessa silenciosa de nunca mais deixar nada levar Niall para longe de mim. Eu também não pretendo deixá-lo.
☆◆☆◆☆
— Vamos, Ni! — corro enquanto puxo a mão de Niall para chegarmos logo ao nosso destino. Em meio à tantas pessoas a roda gigante ao fundo se destaca pela sua grandeza.
— Eu ainda não curto passeios naquela coisa... — resmungou um passo atrás de mim.
— Mas você sempre vai para me agradar, isso não é o máximo?! — o encaro por cima do ombro, um sorriso em meu rosto.
— O que você me pede sorrindo que eu não faço chorando? — ele sorriu de lado e eu volto a olhar para frente ainda sorrindo — Aqui estamos!
Quando estava prestes a entregar os bilhetes, Niall parou me fazendo ficar confusa, me viro para olhá-lo e ele está olhando para mim.
— Preciso te dizer algo e prefiro que eu não esteja com as pernas trêmulas e sem ar quando fizer isso. — Niall respirou fundo me deixando curiosa, eu apenas assenti — Quando somos crianças não levamos sentimentos a sério, você sabe, nós subestimamos eles porque não sabemos o que significam muito bem. — meus olhos estão arregalados e meu coração acelerado, eu apenas assinto incapaz de falar qualquer coisa — Você sempre foi a melhor pessoa que entrou na minha vida, eu queria te manter próxima e tinha total consciência disso desde o começo. Quando os anos passam você cresce e começa se dar conta do que realmente tudo dentro de você significa, quando você está sozinho no seu quarto longe de qualquer agitação e seu pensamento voa sempre para a mesma pessoa, você se pergunta o que ela está fazendo e se está pensando em você independente de onde esteja. Eu amo você e não quero ter que pensar no que você está fazendo longe de mim durante anos, quero me deitar com você em meus braços enquanto te faço um carinho toda noite antes de dormir. Nós sabemos que um amor adolescente que nós nem nos dávamos conta pode sobreviver à anos separados, tenho toda a certeza que ele pode sobreviver e crescer nos anos que passarmos juntos. — as mão frias de Niall embalaram minha mão entre elas enquanto a imensidão azul de seus olhos se mantinham fixos aos meus — Aceite namorar comigo? Vai ser por pouco tempo porque não hesitarei em colocar uma aliança de noivado em seu dedo. Eu nunca vou te deixar ir novamente, ninguém vai levar você de mim a menos que você queria ir.
— Não! Nunca! — as palavras saíram automáticas de minha boca — Eu também não o deixarei ir, já passamos muito tempo separados. — um sorriso nasce em meu rosto e lágrimas de felicidade deixam minha visão embaçada — Eu aceito qualquer coisa com você, Ni.
— Eu te amo, sorvetinho!
— Eu te amo!
Meu sorriso poderia rasgar meu rosto a qualquer momento, nada mais importa a não ser Niall e tudo que podemos viver juntos agora que ninguém pode nos separar. Enlaço meus braços em volta de seu pescoço o puxando para mim e inicio um beijo lento, temos todo o tempo do mundo para explorar um ao outro sem medo.
Depois dos braços de Niall, parques de diversão é o meu lugar favorito no mundo, ter Niall se declarando para mim e dando início a nossa história de amor em um, dá um significado ainda maior para a coisa.
♡
♡
♡
Aqui estou eu depois de duzentos anos sem postar. Peço um zilhão de desculpas a todas, escrever nunca foi tão difícil para mim como está sendo, as ideias surgem automáticas em minha mente, mas a execução da ideias não saem.
Quero agradecer imensamente à Yasmim do @1dnossavida por ter parado tudo que estava fazendo para me ajudar com esse imagine, se ela não tivesse começado eu não teria conseguido. Muito obrigada, Yas, você sabe que pode contar comigo sempre. ♡
Até qualquer hora. ♡
All The Love.
- Tay
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Chilling Adventures of Caterina Atwood: O Melhor Verão da Minha Vida, porém depende.
Entre os meus irmãos, mesmo contando com Nadia, eu era a única que não achava passar férias nos Estados Unidos lá uma coisa tão ruim. Conseguia fazer amigos sempre muito rápido, Jae e Sun e Cecelia eram sempre rostos que me sentia confortável e feliz de rever mais do que fazia com quaisquer outros parentes, e eu gostava da vibe de New York e todas as suas possibilidades.
Era o único lugar onde eu não era julgada pelas minhas ideias e maneiras de me divertir e coisas com as quais gostava de me aventurar, chegava a descer uma lágrima solitária pelo meu rosto quando era obrigada a voltar pra escola e pra casa e esperar um ano letivo inteiro até voltar a casa central da família da minha mãe outra vez.
Não era diferente, o sentimento de ressaca dolorida e quase sentimental e física, naquela manhã na Lycée Fenélon, onde, desde que eu conseguia me lembrar, minha professora de literatura tentava incentivar a mim e os outros alunos a sempre escrever uma redação pós férias ou recessos muito longos e ler pra turma. Eu era conhecida por sempre acompanhar meus atos com drama e muito esforço performático a cada linha do caderno, mesmo que aqueles camponeses do século 21 não merecerem meu tempo e consideraç��o.
— Eu quero que todos vocês saibam que pra mim é um desgosto sem tamanho voltar aqui e ter que lidar com todos vocês, compagnons insignifiants. — Anunciei assim que tomei meu posto na frente do quadro, tomando o cuidado de olhar cada cara deslavada daquela turma, incluindo a do meu irmão gêmeo, pra quem ofereci um sorriso mínimo, mas quem na verdade eu queria socar com uma retroescavadeira. — Só mais dois anos, e essa tortura acaba, mas antes disso… Vamos de colocar em palavras o quão difícil foi o desprazer de dizer adeus às minhas férias de verão.
O melhor verão da minha existência, porém depende. Por Caterina Atwood.
Eu sabia que as coisas estavam caminhando pro lado certo quando ganhei no pedra-papel-tesoura o direito de ficar com o maior quarto do terceiro andar que tinha uma vista privilegiada pro jardim da casa do meu avô Wes, e tive o prazer breve de ver meus irmãos emburrados se mandando pros outros menos interessantes. Nem só de grandes e notáveis vitórias se constrói uma história nesse mundo, sentia que já era o sinal de que estava com alguma vantagem de ter aqueles três meses ao meu favor, e não estava enganada.
— Eu acho que nunca fomos apresentadas, mas é um prazer muito grande conhecer vocês! — Eu sentia que nada podia me abalar e ainda era nosso segundo dia na cidade, tinha sido arrastada pra um passeio de compras e sorvete no shopping com minha prima mais velha e suas amigas e colegas do que ela chamava de Coral, e foi aí que comecei a ver vantagens. — E, se são amigas da Sun, eu tenho certeza que vamos ser boas amigas também!
Eu só queria única e exclusivamente expandir os meus negócios e movimentar meu conhecimento de mercado e planejamentos, é claro.
— Então você alicia pessoas… Tipo uma cafetina. — Regina Chang concluiu mais pra si do que qualquer outra pessoa, enquanto puxava seu milkshake pelo canudinho de papel.
— Não é da maneira desrespeitosa e escrava que se tem em mente… Eu chamo mais de vender o tempo das pessoas, ajudar uma outra nessa linha e ganhar algo em troca. — Tentei me explicar olhando pras duas garotas do outro lado da mesa da sorveteria, achando a confusão estampada no rosto de Nixon um tanto incômoda, se fosse contar todas as histórias que eu já tinha ouvido. — É mais sobre se tornar a acompanhante no grande ato que alguém não pode fazer sozinho, mas não é esse tipo de ato.
— Ahn… Tudo bem. Eu topo. — Regina foi a primeira a se pronunciar, levantando a mão na altura do ombro com um sorriso, antes de balançar os ombros despreocupada. — Se a gente não vai matar ninguém e nem morrer no processo, que mal tem? Eu não tinha nada mais de interessante pra fazer esse verão, mesmo.
No momento seguinte, estávamos eu e Regina esperando uma resposta de Valentina, que quando percebeu toda aquela atenção em cima dela, enfiou um monte de sorvete na boca jurando que íamos parar de notar ela ali.
— Ah, qual é! Eu sou a sua fã desde que me contaram que você foi uma pop star em um monte de casas noturnas e festas aleatórias por quase um ano inteiro! Você é perfeita. — Tentei argumentar, quase suplicar, porque se tivesse as mesmas oportunidades e morasse no mesmo lugar, me sentiria privilegiada em viver todo tipo de aventura que quisesse.
— Olha, eu… Isso, não acabou muito bem e deixou os meus pais muito magoados comigo, tipo… Muito mesmo. E eu só quero evitar ideias mirabolantes nessas férias, principalmente se elas fugirem isso tudo normal. — A outra foi rápida em explicar, gesticulando um tanto com as mãos antes de começar a juntar as próprias coisas, nos abandonando mesmo. — E eu prometi pra mim mesma que ia dar um tempo no lance de meninos o resto desse ano e me concentrar em outras coisas. Eu sinto muito, mas tenho certeza que vai achar outras pessoas.
E eu achei, e como achei, pessoas interessadas em desenvolver minhas ideias mirabolantes e que saíam um tanto do normal, e eu quase poderia me esquecer da traição que fui vítima depois.
— Eu fiz muitos amigos, e todos eles eram muito mais legais e compreensivos do que vocês todos, e eles sim tornaram o meu verão super interessante e fantástico. Eu aprendi muito sobre companheirismo e coletivo, e eu tenho certeza que é um ponto muito positivo sobre o meu crescimento pessoal, agora. — Narrei a parte que eu queria, vendo minha professora achar muito bonito aquelas recompensas morais, pensando que não tinha nada de positivo ou decente aquela minha primeira conexão nas férias, mas ninguém ia saber se eu não contasse sem todas aquelas voltas. — E se teve uma coisa que cresceu nesses meses, foi a zero empatia e consideração fraternal e enorme deselegância da prática da famigerada demência. — Prossegui sentindo o ódio e o veneno escorrendo simbolicamente pela minha boca, ao me focar em Victor, e mentalmente em Heitor onde quer que ele estivesse naquele prédio.
Quando seu irmão mais velho diz que vai fazer uma festa com potencial ilícito e que mesmo assim deu um jeito de acobertar tudo em camadas, você acredita, convida pessoas e ainda vai no evento, porque se caso algo desse errado em desandasse, era ele quem ia se foder e não você.
E eu lá sabia o que Heitor estava tentando esconder naquele sábado no Hamptons, mon Dieu? Estava me concentrando em curtir com meus novos amigos, enquanto vez ou outra, alguém escorregava dois presentes peculiares dentro da minha bolsinha — uma joia pra mim, e algo mais específico pra pessoa que prestou algum serviço específico também — e me agradecia de todo o coração por ter aparecido na vida deles. Dar um jeito de chutar um ex embuste com dignidade, aparecer com alguém novo na rodinha pra dizer que superou tal coisa, ou só precisar da ajuda de alguém pra arrastar um corpo na praia. De nada, volte sempre. Mas eu não era a única estendendo minhas conexões naquele lugar.
— Bom… Isso foi rápido. — Jae comentou ao meu lado segurando um copo de refrigerante — que por incrível que pareça, existia mesmo naquela festa, apesar de muita coisa alcoólica também, meu irmão claramente não dava pontos sem nó —, enquanto indicava um duo do outro lado da sala. Meu irmão e a garota Nixon. — E eu não estou surpreso. Sério. Não mesmo.
— Mentirosos! — Exclamei observando Victor de longe com uma ou muitas intenções pra cima da outra. — Eu tive que ouvir o Victor reclamar de ser obrigado a vir pra cá o ano inteiro, e agora ele quer passar o pinto na minha agregada, que disse que ia dar um tempo de meninos?
— Mas ninguém ta passando o pinto em ninguém. — Jae tentou, muito mal, defender a amiga e meu irmão, encolhendo os ombros quando lhe fuzilei por trás dos meus cílios postiços de brilho. — Pelo menos não ainda… — Tentou contornar o óbvio, me fazendo bater em seu braço no processo. — E, de qualquer forma, não é o fim do mundo. Nós estamos todos nos divertindo, não estamos?
Eu não ligava em quem meu irmão ia se atracar por aí, na verdade eu até apoiava, uma vez que Victor ser um pé no saco só podia se dar ao fato de que não estava se ocupando fisicamente com ninguém, mas precisava logo ser a menina que eu sentia que ia me render uma coleção inteirinha da Pandora?
— Eu aprendi nesse verão que muito além de adubo, água e luz do sol, fluídos humanos também servem pra cultivar plantas bonitas, manter tudo sempre verde e as pessoas longe de pisar ou destruir sua propriedade… Por que quem é que ia ter coragem, de invadir um templo de homenagens e orações frequentes, persistentes e absurdamente sonoras? — Prossegui com meu texto, que só uma parte da turma tinha se tocado, antes de olharem pro lugar do meu irmão, e quando a professora pareceu confusa, abanei uma mão na frente do rosto. — Americanos tem costumes estranhos, a senhora ia ficar surpresa das coisas que vi, ouvi e presenciei nessas férias, sabe?
Nos últimos momentos daquela temporada toda, eu tinha uma mala cheia de jóias novas e umas muitas relíquias literárias, uma fanbase fiel, uma filial em constante desenvolvimento sediada naquela cidade e memórias incríveis, fotos incríveis e novos contatos ainda mais. Quase não senti quando a gente voltou pra casa, não estava nem mesmo mais ressentida quanto a meus irmãos irem catando minhas amigas pra atos libidinosos grupais ou particulares, porém dependia. Mas assim que o grito da minha mãe irrompeu pela nossa casa toda e ouvi Heitor ser chamado de tudo quanto é coisa, e ainda ser ameaçado, nem me desfiz da minha máscara de argila, deixei minha skin care no mesmo instante, achando decente dar o meu parecer.
— Digo e asseguro com segurança que para bem ou mal, fui a única que não saiu sentando em desconhecido e nos amigos alheios sem nem perguntar. — Declarei em alto e bom tom me apoiando no corrimão da escada, ajeitando os fios escapando da toalha em cima da minha cabeça, vendo meu pai querendo acabar com Heitor ali no final mesmo. — Iam ficar surpresos no que o Victor faz quando não está reclamando o tempo todo de tudo e todo mundo e como ele ocupa a boca e atenção dele nas horas vagas. — Expus sem nem me doer, vendo o foco todinho mudar, antes de ajeitar minha postura e acenar com a cabeça em negativa, como se estivesse desapontada. — Eu fui, eu tava, e não só eu, mas a rodinha do Jae e da Sun inteirinha. Não lembro de vocês terem nos ensinado a usar "cadela" para se referir a alguém íntimo… Ou alguém que engole tudo. Quem sabe, sabe. — Me sentindo vingada, os boatos que correm são que usei o ódio, raiva e decepção parental emanando naquela casa pra energizar meus poros e coro cabeludo e nunca mais tive uma espinha ou um fio poroso.
— Eu conheci pessoas, experiências, sabores novos de sorvete e lugares… Mas nada vai superar o fundo do poço alheio, com direito a beber as lágrimas da vergonha e castigo do inimigo derrotado. — Terminei meus dizeres no final da página, suspirando, emocionada de verdade. — E nada me convence que eu deveria ter deixado aquela cidade e essas férias pra me meter aqui de novo. Isso é tudo.
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Review: Arrow 7x18 “Lost Canary”
Tenho certeza que não será um episódio memorável pra mim mas teve alguns momentos que eu realmente gostei.
Ou talvez eu não esteja tão receptiva depois do anúncio de que a Emily não estará na última temporada de Arrow. Não tem como eu não continuar amarga sobre isso!
Sem mais delongas...
Olicity
Felicity fica frustrada porque Laurel não atende suas ligações. Oliver diz o óbvio, Laurel não quer ser contatada e muito menos encontrada. Felicity pergunta se ele está bem com o fato de que sua irmã vilã tentou matar ele. Ele fez uma cara engraçada e Felicity diz adoravelmente “Cedo demais?”
Graças à Deus, o Oliver não estar obcecado por tentar redimir sua irmã vilã. Na última review eu estava frustrada e temerosa de que esse seria o caminho que ele iria seguir. Finalmente ele aprendeu alguma coisa sobre não forçar redenção nos outros nesses últimos anos. E me surpreendeu positivamente, ainda mais quando você leva em consideração que o Oliver não é um bom julgador de caráter quando o assunto é família. Uma das melhores frases do episódio dessa semana foi da Sara, quando ela perguntou a Felicity o porquê dela está tão focada em tentar resgatar a Laurel 2.
“Ainda que haja salvação pra Laurel, ela tem que querer, você não pode forçar redenção nos outros”.
Pra mim é um alívio não ter que ver a saga da redenção em mais um personagem dessa série. Já não tenho a mesma paciência, ela foi sugada de mim depois da sexta temporada.
Felicity chega até questionar se toda essa história de caçar o assassino da mãe da Emiko não é uma invenção dela. Isso também me passou pela cabeça. De todas as manipulações da Emiko, Oliver acredita que essa não é uma delas. Ele só precisa descobrir logo quem é o assassino da mãe da Emiko pra ter alguma vantagem sobre o Nono Círculo. E a melhor pessoa pra acompanhá-lo nessa missão é John Diggle. Felicity pede para que ele leve o Rene junto. Oliver diz que Rene está ocupado com algum lance na escola da Zoe. Antes de sair de casa, Oliver tem um pedido.
Pobre Oliver, se ele soubesse que as atividades da esposa seriam muito mais perigosas que uma maratona na Netflix, ele teria tido um derrame.
Que maneira fofa de lembrar da existência da baby Mia.
E as duas voltaram sãs e salvas.
Coitado do Oliver. Finalmente todo o esforço físico que ele andou fazendo todos esses anos estão cobrando seu preço. Acho que já está na hora dele se aposentar, mesmo que saibamos que será uma aposentadoria curta.
Oliver recebe um resumo da esposa. Felicity achou Laurel e se despediu da mesma. Sinceramente, Oliver não perdeu nada. Todo aquele discurso motivacional para a Laurel 2 não cair no abismo do alter-ego Black Siren já ficou ultrapassado pra mim. Teve algumas partes que realmente foram bacanas mas no geral é como se eu tivesse visto toda aquela saga de redenção da BS na sexta temporada novamente.
Oliver já deveria saber que “pegar leve” não está no dicionário da esposa.
Perdi as contas de quantas vezes eu repeti essa cena depois que o episódio terminou na transmissão ao vivo.
Oliver é o marido mais fofo. Essa é uma versão do Oliver Queen que só a Felicity terá o privilégio de ver.
Crédito: @olicitygifs
Acho que isso resume bem o estado de espírito da EBR e SA. Eu vivo por essas cenas domésticas. É uma pena que elas foram tão raras nessa temporada.
Aves de Rapina
Dinah não concorda com Felicity que Laurel 2 é resgatável. Ela acredita que Laurel matou Gustavo Hernández. Não culpo a Dinah por acreditar que Laurel voltou a matar. Eu posso ter apreciado a interação entre Felicity e Laurel 2 mas não esqueço que houve um tempo que Laurel deixava um rastro de corpos por onde passava. Só que apesar de entender o ponto da Dinah, não deixo de ter certa antipatia por ela. Dinah é a personagem mais incoerente dessa temporada. Não faz muito tempo, ela estava procurando a Laurel e dando discursos motivacionais de como ela tem mudado esses últimos meses. Mesmo depois da Felicity provar que não foi a Laurel quem matou Hernández, não fez muita diferença pra ela, já que Laurel estava metida com roubos. Como eu disse, eu entendo alguns pontos da Dinah, afinal de contas, Laurel matou o namorado dela. E por isso eu sempre achei forçado qualquer aproximação entre as duas. Mas aí vão lembrar que o Oliver matou o namorado irrelevante da Felicity no 5x09. A diferença é que o Oliver não sabia que estava matando Billy Malone.
Faz sentido a Dinah achar mais fácil acreditar que Laurel recorreu aos velhos hábitos assassinos. Mesmo assim, já faz um tempo que eu não tenho mais um pingo de paciência quando a Dinah começa a falar, justamente por sua incoerência. Fora que ela é uma personagem que não tem nenhum apelo emocional. Outra coisa que me incomoda é termos que aturá-la também nos flashforward.
Felicity precisa jogar na cara da Dinah que ela também não era nenhuma santa quando o Team Arrow achou ela. Eles deram uma segunda chance pra ela. E ela ganhou de bandeja uma posição como capitã da SCPD. Ela ganhou uma equipe que sempre esteve lá pra apoiá-la.
São poucas as pessoas nessa série que trabalharam duro para ganhar algum respeito. Oliver é o mais injustiçado de todos, foi aquele que mais se sacrificou e mesmo depois de 20 anos, continua sendo visto como um pária por essa cidade ingrata. Enquanto a Laurel 2, usurpando o lugar da Laurel 1 conseguiu a admiração da população de Star City, e quase conseguiu arruinar a reputação da Laurel original. E olha que eu nunca fui fã da Laurel 1.
Felicity decide hackear o computador da Laurel 2, depois das tentativas frustradas de tentar contatá-la da forma tradicional. Felicity não aceita um NÃO como resposta. Ela tenta fazer com que Laurel perceba que já não é mais a BS. Ela mudou muito desde então. Laurel ignora o que a Felicity diz e ainda mente ao dizer que a amizade das duas não era verdadeira. Felicity chama reforços.
Nossa, eu esperei muito tempo pra ver essa cena. Eu sempre gostei da amizade da Felicity com a Sara, uma amizade que foi constantemente ignorada pelos escritores nas temporadas anteriores. E com essa cena eu também lamento o fato da Sara não fazer parte do elenco principal de Arrow. Ela sempre será a canário original. A melhor versão da canário. Ela é a minha favorita. E é uma pena que o seu legado foi tão marginalizado. Se tem uma coisa que esse episódio provou, foi que qualquer um pode ser uma canário. O símbolo de BC perde a relevância se não existe requisitos fundamentais pra se tornar uma. Elas podem ser facilmente substituíveis.
Sabe quem não pode ser substituída? Felicity Smoak. Merda, eu ainda estou lutando com a ideia de continuar assistindo Arrow mesmo depois da saída da Emily da série. Se eu assistir a última temporada só vai ser pelo motivo “se eu assisti até agora tenho que terminar quando a série terminar oficialmente”.
E eu vivi pra ver Felicity flertando com Sara.
Nessa hora eu imaginei qual seria a reação do Oliver ao ver sua ex-namorada flertando com sua amada esposa/mãe dos seus filhos. Droga, oportunidade perdida!
Quando vejo esse tipo de cena fico com aquela sensação de que é uma das despedidas da Felicity na série. A segunda vez que me senti assim no episódio foi quando Felicity se despediu da Laurel 2 e deu o traje de BC que era da Laurel 1, outro momento foi quando ela deu o dispositivo canary cry (que era da Laurel 1) pra Dinah.
Crédito: @ebett
Não tem como não me sentir emocional nesses momentos. Parece que estamos numa contagem regressiva.
Não é nenhuma surpresa que a chata da Dinah não convida Sara pra missão, alegando legalidades. O que salva é o momento super fofo entre Felicity e Sara.
Crédito: @arrowdaily
E lá, as duas encontram uma armadilha. Laurel e a Ladra das Sombras deixam uma bomba. Eu achei a bomba bem fraquinha, ficou óbvio que a intenção ali não era matar. Voltando para o bunker, Dinah pede desculpas para Sara. Felicity se culpa e começa a duvidar se Laurel é resgatável. Parece que a única pessoa que foi bastante observadora sobre o fato foi a Sara, e olha que ela nem estava presente. Laurel colocou a bomba ali como um aviso pra Felicity se afastar, mas não tinha como aquela bomba matar as duas, ou melhor as três (contando com a baby Mia). Sara tem razão, se Laurel queria matar as duas, por quê da tempo delas se salvarem?
Sara e Laurel/BS
Crédito: @starcitysirens
Sara vai para o cemitério e encontra Laurel diante da lápide do Lance. Sara sabe que não pode tentar persuadir Laurel com o pretexto de que ela é sua irmã em outra terra. Laurel 2 nunca teve problemas de perceber essa diferença. Lance é uma outra história. Eu gostei das cenas da Sara com a Laurel porque não teve nenhuma aproximação forçada entre as duas. Cada uma sabe o seu lugar ali.
Sara recorda que houve um tempo que ela teve um caso com o namorado da irmã (acho que é uma regra geral que em qualquer Terra que exista Oliver e Laurel, invariavelmente ele vá trair a Laurel com sua irmã), fez a família acreditar que ela estava morta e entrou para uma liga de assassinos. E ela mudou muito desde então. E se ela conseguiu se tornar uma heroína, Laurel também pode. Laurel/BS diz que tentou ser uma heroína nos últimos meses, tirando o Oliver da prisão, sendo uma promotora, mas os outros viraram as costas pra ela. Ela não está sendo muito justa. Felicity tentou entrar em contato com ela esse tempo todo, foi decisão dela não atender o telefone. Felicity esteve ligando pra ela, isso está muito longe de alguém virando as costas pra ela.
Sara joga outra bomba da verdade quando diz: “E daí, você acha que merece uma medalha por tentar ser boa por 5 segundos? Redenção não é um destino, é uma jornada!”
Oliver não é o único exemplo da jornada pra se tornar alguém melhor, um herói melhor. É um trabalho árduo, e ele nunca deixou de pagar um preço enorme pra salvar outras pessoas, mesmo sem nenhum reconhecimento dos seus sacrifícios. E em nenhum momento ele reclamou porque a cidade não deu seu devido valor. No máximo eu vi o Oliver lamentar na 3ª e 4ª temporada porque os esforços que eles estavam fazendo pra tornar a cidade segura não parecia que estava dando resultado, ele estava frustrado porque todo seu esforço e da equipe não estava sendo o suficiente.
Sara diz que tentou fugir das coisas ruins que fez a outras pessoas durante tanto tempo porque ela não queria enfrentar as consequências, mas chegou um momento em que ela voltou pra casa e teve que encarar de frente a culpa pelos seus atos. Foi doloroso mas necessário, foi a única forma dela se tornar uma pessoa melhor. Laurel não acha que isso vale pra ela. Ela é o que é, e é tarde demais. Sinceramente, foi bem cansativo assistir um monte de cenas assim no episódio, os diálogos tinham a mesma mensagem. E como eu disse antes, não é como se já n��o tivéssemos visto outras pessoas dando discursos motivacionais pra Laurel/BS sobre redenção.
E ainda temos mais um pouco disso no momento em que Sara, Dinah e Felicity tentam impedir que ela roube a arma. Laurel diz que estava cansada daquela conversa. E tenho que admitir, eu também estava. Foi mais da metade do episódio nessa ladainha repetitiva. E finalmente, Laurel decide mudar de lado quando Felicity coloca não só sua vida nas mãos da Laurel, como a vida do seu bebê. As outras seguem o exemplo. Laurel se sente tocada e protege Felicity de ser atingida por uma adaga. Todas começam a lutar pra tentar ganhar tempo pra Felicity armar a bomba. A missão é concluída com sucesso!
Crédito: @smoaktechs
Felicity, Laurel e Dinah comemoram com champanhe. Durante a cena eu fiquei aflita assistindo a Felicity com aquela taça na mão e pensando: “Meu Deus, você não pode beber porque está grávida!”
Crédito: @plotbunnyslayer
Dinah pede desculpas por não ter a apoiado mais. Laurel diz que isso significa muito. A reputação da Laurel não está mais manchada, elas provaram que não foi Laurel que matou Hernández, e que ela estava trabalhando disfarçada pra pegar Diaz. Felicity comemora e pensa que vai voltar tudo como era antes, só que Laurel estava realmente ouvindo o que Sara disse sobre fugir do seu passado. Ela quer voltar para a Terra 2. Laurel está cansada de fugir do seu passado e das coisas que já fez e se ela quiser tentar ser alguém melhor precisa enfrentar as consequências de seus atos, e a melhor maneira fazer isso é aonde tudo começou. Felicity fica tão triste que acaba esquecendo que não pode beber champanhe. Laurel salva ela. Fiquei impressionada com o jogo de cintura dela pra Dinah não desconfiar de nada.
Crédito: @nyssalghul
Flashforward
Não aconteceu nada de muito relevante nas cenas de 2040. Acho que esse episódio só teve flashforward para eles mostrarem a Laurel como BC.
Um dos pontos altos dos FF, foi a Mia recusando fazer parte do clã das canários.
Crédito: @amunetblack
Seria marginalizar a Mia tornando-a uma canário. Não, ela já tem um codinome: Blackstar.
Ela é uma Smoak.
Ela é uma Queen.
Ela é única!
Crédito: @felicitysmoakgifs
Felicity e Mia
Mia e Zoe voltam de uma missão onde elas encontram alguém com aquele capacete ridículo que apareceu no final do 7x16.
Crédito: @olicitygifs
Mia é sempre lembrada o quanto ela é parecida com os pais.
Parece que ela não curte muito isso. Ela ainda está naquela fase que quer separar quem ela é e quem são seus pais. Crise de identidade. Espero que um dia ela sinta orgulho quando alguém disse à ela que ela é parecida com os pais.
Crédito: @ebett
Laurel salva a bunda da Mia.
Mia precisa entender que não pode fazer tudo sozinha. Foi uma lição que o pai dela aprendeu rápido. O Oliver teria morrido na primeira temporada se não tivesse o apoio do Diggle e da Felicity.
Crédito: @jaces-clarissa
O detalhe é que ela já tem sua própria equipe:
Connor- O Guarda-costas e William- O Garoto do TI.
Crédito: @lyricalarrow
Agora que a Laurel apareceu no futuro, imagino que a personagem irá aparecer ocasionalmente na última temporada nos flashforward.
E fiquei pensando qual personagem veterano eles vão colocar num possível spin-off da Blackstar. Não tem como eles fazerem essa série sem ter um personagem mais experiente para dar ótimos conselhos pra aqueles momentos em que os personagens novatos se sentirem perdidos. Eu imaginei o Diggle tendo esse papel, só que não acredito muito que um dos integrantes do OTA fará parte do elenco regular. Agora estou na duvida entre 3 personagens: Laurel, Roy e Dinah. A minha opção menos favorita é a Dinah, já não aguento mais essa personagem. Nunca imaginei que chegaria o dia em que eu cogitaria a Laurel como uma opção melhor. Poderia ser o Roy, se ele tivesse alguma relevância na trama de 2040, o que não é o caso, infelizmente!
Oliver e Diggle
Oliver descobriu quem matou a mãe da Emiko.
Crédito: @olivergifs
Só que fica aquela pulga atrás da orelha. Como a Emiko nunca chegou perto o suficiente do verdadeiro assassino da mãe? Eu não me importo o suficiente com a Emiko pra ter empatia por ela, eu só estou levando em consideração o papel do Nono Círculo nesse caso.Eu posso estar enganada mas esse homem me lembrou aquele cara que fazia parte dos ajudantes do Diaz. The Longbow Hunters.
Pensamentos Aleatórios:
Fiquei impressionada com as habilidades da Felicity em deslizar em cima da mesa.
Crédito: @ebett
Felicity não cansa de lembrar que Oliver tem muita sorte dela ser sua esposa.
Crédito: @felicitysmoakgifs
#arrow 7x18#felicity smoak-queen#sara lance#saralicity#black siren#anti dinah drake#oliver queen#olicity#lauricity#anti emiko queen
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#3 Everglow - Coldplay
Depois que todos saíram, todos que significavam algo para mim. Eu andei pela floresta por horas e apenas, apenas tomei um minuto para respirar.
Tantas pessoas foram tiradas de mim, mas apenas um pequeno número havia escolhido se afastar de mim. Eu não podia acreditar que Owen tinha voado de volta para o Iraque, eu sei que era egoísmo pensar que eu tinha algo a ver com isso, mas não pude deixar de me perguntar se eu tinha sido um fator que o levou a se alistar novamente.
Eu parei de caminhar e levei um minuto para olhar para o céu que espiava através dos topos das árvores, a esta hora do dia tinha uma coloração roxa suave. Foi realmente de tirar o fôlego. Sentei-me na grama úmida e me encostei contra um tronco de árvore. O céu estava tão lindo que eu não conseguia parar de olhar para ele.
De repente, um lance que eu tenho certeza que era uma águia, cortou o céu e, em seguida, tão rapidamente como tinha aparecido, desapareceu atrás do topo de uma árvore.
Eu não pude evitar ficar com um pouco de ciúme daquele pássaro. Se eu tivesse asas eu voaria para onde Owen foi, só para checar se ele estava bem.
Isso me matou, pensar em todas as pessoas da minha vida que haviam morrido, mas era um tipo diferente de dor que me cortou quando me preocupei com a forma como Owen estava.
Eu não tinha ideia do que ele estava fazendo - se ele estava comendo, dormindo, conversando com as pessoas; me deu algum conforto pensar que April estava lá fora com ele.
Como eu não tinha ouvido nada negativo de Jackson quando ele nos atualizou sobre o que eles estavam fazendo lá fora, eu assumi isso. Eu me machuquei menos dizendo a mim mesma que Owen estava bem.
Enquanto estava deitada na cama tentando me forçar a dormir naquela noite, deixei minha mente pintar uma imagem do que Owen estava fazendo naquele momento.
Independentemente da diferença de tempo, imaginei Owen sentado em uma área comum, barraca... o que quer que eles tivessem lá fora, compartilhando histórias com seus colegas. Ele e April falariam sobre alguns dos pacientes mais ridículos que entrariam no pronto-socorro e nas histórias deles, colocando um sorriso no rosto de todos e enchendo o ar da noite de riso.
Eu me perguntei se Owen já pensou em mim, houve tantos momentos que compartilhamos que eu iria segurar. Eles eram o único pedaço de luz na minha vida e eu nunca quis deixá-los ir. Eu estava tão agradecida por aqueles momentos que compartilhamos de pura felicidade que eu agora tinha que segurar.
Foi quando vi Owen parado em frente ao posto de enfermagem que eu gostaria de ter dito a ele mais cedo que eu o amava, que estava apaixonada por ele. Eu estava tão consumida por uma mistura confusa de emoções que não pude encará-lo. Não de qualquer maneira.
Eu me odiava por me afastar dele, mas sabia que não poderia ficar longe dele por muito tempo. Ele era a luz em minha vida sombria e eu vivi por esse sentimento, eu vivi pelo pouquinho de luz que ele trouxe para a minha vida depois de todas as grandes tragédias que me ocorreram. Ele era uma luz, um brilho, uma felicidade. Ele era um brilho eterno.
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11:39
Graças à tecnologia, eu tenho o horário exato de quando a foto acima foi tirada.
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Sinto uma picada mínima em meu ombro, seguida de uma dor insuportável e logo em seguida outra na barriga. Mesma dor.
Como sou muito alérgica, o médico me ensinou a nunca coçar, colocar apenas a mão sobre o local para apaziguar a dor. E, o mais rápido possível, antialérgico.
Foi o que eu fiz.
Já com falta de ar e com a pele do colo grossa pelo efeito desse bichinho desconhecido, coloquei a mão na bolsa, e a primeira coisa que agarrei foi o antialérgico.
Estava fácil, porque um dia antes, havia cortado o blister do comprimido em comprimidos individuais.
Glup.
Engoli aquele comprimido imenso, sem água e, pelo tamanho dele imagino que quem me olhasse de frente poderia ver nas laterais do meu pescoço aquela coisa atravessada, não querendo descer.
Senti tontura, muita coceira no rosto e no colo. Normal.
O antialérgico segurou.
Tudo isso aos pés do Cristo Redentor. Um símbolo forte de fé.
Depois do baque da toxina do meu corpo e do santo efeito do antígeno, vamos descer para um restaurante beliscar algo, relaxar.
Desci as escadas bem.
Pedimos caipirinha e calabresa aperitivo. Amostras da hospitalidade do meu país. O motivo da visita era acompanhar uma amiga do meu companheiro Andreas, que vinha ao Brasil pela primeira vez em busca de um pouco de aventura, saída de uma cidade minúscula da Alemanha. Xá comigo. Serei uma fantástica anfitriã, proporcionando uma estadia bem emocionante no RJ.
Quando meu corpo realmente estava relaxado, depois da dose veneno/ antialérgico, me dei a liberdade, no ambiente descontraído das cadeiras de plástico, dobrei a perna direita e alonguei as costas.
Foi nesse momento que meu corpo fez: sssssssplaasssssshhhhhhhhhhhhhhhhh. Uma explosão de gotas por todos os lados, como um antigo comercial de creme dental.
Senti, nesse momento que, o veneno, que havia de alguma forma ficado encapsulado na minha barriga se espalhava lindamente sobre todas as minhas células.
Forte dor abdominal, quase insuportável, me leva correndo ao banheiro que, graças a Deus está bem próximo e tem uma cabine aberta.
Tenho força para chegar até o vaso, caio de joelhos, vomito imediatamente.
Tento levantar, apoio as costas na parede. Grande vontade de fazer xixi. Consigo e fico pensando onde vão meus hábitos de higiene nesse momento.
A visita, Ilona, do lado de fora do banheiro, me perguntava em alemão se podia me ajudar. Eu respondia em alemão e escutava duas meninas comentando que era engraçado alguém passar mal e optar por falar em alemão. Não era uma opção. A situação era patética.
Voltei à mesa, os passos um pouco trôpegos e o garçom me diz: “vejo que a senhora não está passando bem. Aceita um chá?”. Não, obrigada.
Fica claro que temos que ir embora.
Há alguns lances de escadas a serem vencidos, mas me apoio no Andreas e vamos. Vou ficar bem.
Ilona, você queria um pouco de aventura?!
Todo mundo vê que eu não estou bem.
Mas estou absolutamente calma, fato comprovado e comentado depois da análise do meu sangue.
Temos que pegar o trenzinho que nos levará ao térreo.
Entro andando, me sentam com vista privilegiada na primeira fileira.
Minhas costas doem muito.
O trenzinho chega.
Me apoio no Andreas e aí notamos que as minhas pernas perderam 100% da força e simplesmente pararam de obedecer. Eu havia virado uma boneca de pano.
Vi o olhar de horror da Ilona, que não sabia como ajudar ou o que fazer.
Muito rapidamente uma cadeira de rodas aparece, me colocam em cima. Táxi.
Por sorte as malas já estão no aeroporto, porque havíamos deixado antes.
É horário do almoço. Nosso voo, pela Gol, sai às 16h00.
Fomos direto para lá.
A Gol tem um atendimento sutil e atencioso. Veem que não passo bem, montam um esquema para me colocar no momento correto no avião.
O avião para na pista. Colocam uma rampa e subimos.
Há uma família de orientais e damos caminho. Eles ficam constrangidos de passarem à nossa frente. O rigor de uma educação tão respeitosa. Mas, depois de nossa insistência, passam.
Sou colocada em um assento mais próximo da saída, ao meu lado, um passageiro vê tudo e se assusta. Me pergunta o que aconteceu e eu relato. Ele não quer sair do meu lado e não se levanta antecipadamente para que me removam.
Vim tranquila no voo.
Essa tranquilidade vem de ter passado por 2 acontecimentos anteriores: pisei em uma formiga saúva e tive paralisia em um dos braços que voltou em umas 4 horas e da outra vez, no ombro, de um bicho qualquer, ocorreu o mesmo, só que no outro braço.
Estou convicta que vai voltar.
Chegamos em SP, o avião para de novo na pista para facilitar... Um caminhãozinho plataforma é posicionado ao lado da aeronave e estão prontos para me descer. Uma comissária simpática vem comigo, sentada ao meu lado.
Com a cadeira de rodas da Gol me levam até o táxi e pronto. A caminho de casa.
Chegamos, não movo nada. Abraço o pescoço do Andreas, que me coloca na cama, me põe um pijama. Sinto vontade de fazer xixi.
Ele me senta no vaso sanitário. Nada acontece porque não sinto nada e meus músculos internos não obedecem.
Ok, amanhã vai funcionar. Fico feliz em ter conseguido fazer xixi no RJ.
No outro dia de manhã decido me dar um dia de descanso, trabalhar só na terça, porque meu corpo sente muito.
O Andreas precisa deixar a Ilona em Congonhas porque ela passará a semana em Foz do Iguaçú. Peço para ele ir, mas deixar a porta aberta, meu celular na minha mão e o telefone da portaria, qualquer coisa ligo ao porteiro e peço ajuda. Estou tranquila.
Ele sai, para retornar logo em seguida.
Passam uns 40 minutos e sinto muita vontade de fazer xixi. Bom, preciso tomar uma atitude.
Ligo na portaria, pelo telefone e digo: não me sinto bem, vou chamar uma ambulância. A porta está aberta por favor facilitem a entrada de quem chegar.
Feito isso, ligo para o SAMU, depois de confirmar pela internet o número. O atendimento é imediato e primoroso. Uma voz feminina calma e tranquila pergunta o que aconteceu. Eu escuto que ela digita o que eu falo. Dá instruções claras: se há animais de estimação que estejam presos, se tem cadeira no prédio, se estou sozinha, etc. Avisa que até que consigam fazer com que uma ambulância chegue até mim tudo tem que ser reorganizado por sistema de prioridades e eu sou considerada uma prioridade. Com tudo organizado, passam a me ligar de tempos em tempos me avisando como está a evolução. Já perguntam se eu tenho convênio para ir ao lugar certo. Tudo funcionou. Nota 10 para o serviço.
Mando uma mensagem para o Andreas, que já está a caminho de casa para que não se assuste. Ele chega junto com os paramédicos de moto, que preparam a “vítima” para o resgate.
O porteiro Jurandir vê tudo de perto, em sil��ncio, assustado e solícito.
O socorro chega com o Andreas, um deles fica fascinado com os livros espalhados por toda a casa.
A ambulância chega e sou então transferida para o Hospital Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro. Ele atende ao SUS e tem um andar 100% da Prevent Senior que é o meu convênio.
O Andreas vai ficar expert em viajar de ambulância.
Chegamos rápido, porque é próximo de casa, não vejo nada, porque só tenho o olhar para cima, de quem está deitado na maca.
Até agora não sei como é esse hospital por fora.
Entro como prioridade, na emergência.
Tem gente de todo tipo, muitos alcoólatras em crise de abstinência, muitas quedas, gente com pneumonia. Muitos casos sendo atendidos ao mesmo tempo.
Acusam que tem algum problema com o pagamento do convênio. Aciono o meu irmão peço para ele ver um boleto e depois falo com ele.
Não tenho absolutamente nada comigo além da identidade e da carteirinha do convênio.
De lá, eu mesma ligo para a Prevent e acerto tudo. Em 24 estarei liberada para ir para o setor da Prevent mas espero que não seja preciso.
Enquanto recebi uma dose maciça de antialérgico (que é o único que lhes ocorre no momento), começam a me dar litros e litros de Complexo B, a vitamina mais apreciada pelos nervos.
O Complexo B é amarelo intenso. Eu, que sempre fui extremamente pálida, imagino que sairei do hospital meio verde. Recebo o meu primeiro acesso, que é uma agulha, fixada no meio do braço, que terá a função de fazer a medicação chegar em todo o meu corpo. Incomoda muito, porque a medicação é pesada e não posso dobrar o braço. Ganho uma sonda, que vai fazer o papel de esvaziar a minha bexiga automaticamente, assim como fraldas, porque nada funciona. Um kit importantíssimo para quem sempre apreciou uma boa lingerie.
Vem 4 médicos me ver.
O chefe da neurologia, o único que farei menção em nome aqui, o Dr. Santin (é tudo o que sei dele), entra com as mãos no bolso. Mascando chiclete de boca aberta e brinca com a enfermeira fazendo alguma menção à aparência dela.
Ele nem olha pra mim e eu não sei o que está acontecendo.
Os demais, ficam fazendo bolão.
Pode ser tudo, mas ninguém sabe o que fazer com uma pessoa alérgica, então vamos para um outro paciente.
Esse médico é uma vergonha para a medicina. Ele acha que é médico e eu digo que não é, nem nunca será. O diploma não faz um profissional.
Antes de praticar a medicina ele tem ainda que aprender a mascar chiclete de boca fechada. Gostaria de saber se daria o mesmo tratamento a alguém da própria família. É patético.
Alguém deixa uma prescrição que passo a tomar, pedindo pelo amor de Deus para que a cada nova medicação que eu tome de forma assistida, porque meu coração para com uma dose de qualquer coisa que me dê alergia.
Em falar em alergia, tive alergia ao esparadrapo. Logo, mais furos, para poder ter um problema a menos.
Quem faz o trabalho pesado, e admirável, são as enfermeiras anjo.
Nesse período de hospital conheci muitas. Muitas. Os turnos são variados, elas trocam sempre e, em absolutamente nenhuma vez tive qualquer queixa. Amáveis, atentas, elas salvam e ajudam tantas pessoas todos os dias. Mesmo no SUS, o atendimento é impecável.
No meio do processo perdi a batalha de lembrar do nome de todas, missão impossível, mesmo que alguns tenham ficado guardados muito profundamente na minha memória.
Logo na minha chegada uma delas, vendo o meu caso, tira uma espécie de lencinho, com escritos em azul, de dentro do sutiã. Ela tira e coloca na minha mão, para me dar proteção. Sinto o perfume delicado dela no lenço e esse lencinho passa a me acompanhar em todas os dias e noites no hospital. Gesto de extrema generosidade. E bondade.
Elas passam a cuidar de mim e eu nunca vejo o mesmo médico. Me fazem contar a história da picada milhares de vezes. Brinco que vou gravar e apertar o play do celular.
Aí começam todos a citarem as alergias que têm: a lista é interminável – camarão (campeão), penicilina, Novalgina, pólen. As consequências são muito similares: coceira, bolinhas um pouco e falta de ar. Tá fácil. Bolinhas são coisas boas. Aproveitem!
Ganho uma placa vermelha sobre a minha cabeça: ALÉRGICA. Uma pulseira vermelha no pulso: risco de queda. Mais uma lilás que nem sei do que se trata.
Agulhas, picadas. Pelo menos umas 3 vezes por dia medem a minha pressão, a oxigenação do meu pulmão, a minha glicose e a temperatura. Tudo funciona bem, apesar da parte de não funciona. Paradoxal. Andreas acompanhando tudo de perto, tendo que administrar ter que trabalhar com toda essa agitação.
Aviso a empresa que tenho Influenza. Não quero colocar ninguém em pânico. Falo o mesmo para a minha família e começo a tomar as atitudes práticas.
Quem me conhece sabe que sou prática. Que bom. Tenho discernimento necessário para tomar as atitudes com clareza, zero de desespero, calma absoluta, humor.
É o grande comentário entre as enfermeiras: não reclamei, chorei ou perdi a calma em nenhum momento. Eu sou assim e para mim fica claro que só alguém como eu poderia ter sobrevivido a isso dessa forma e eu passo a fazer uma brincadeira mental, pensando nas pessoas que conheço, como teria sido isso na versão de cada uma delas. Me rendeu muitas risadas e rende até agora. Um dia faço um filme.
Eu havia passado por uma prova dura: quando aguardava atendimento no corredor, um médico bem jovem, tato zero, vira para mim e fala: “Você não vai andar de novo, sabe né? Já sobreviveu e pronto”. Fingi que não era comigo. Começo a fazer a minha lista de endereços, que ficarei feliz em enviar os Sr. Bicho que me picou. Tem gente bem bacana para ele conhecer.
No primeiro dia, fica bem clara uma coisa: as mulheres são fortes, silenciosas e, com raras exceções reclamam. Mas os homens, uma verdadeira vergonha. Fazem escândalo, têm medo de injeção, não podem ver sangue e acham, mesmo, que vão morrer por terem quebrado o dedinho do pé.
Ao meu lado um bêbado começa a chamar, como um disco riscado, pela enfermeira. Aos gritos. Enfermeira! Enfermeira! Enfermeira! Enfermeira!
Eu consigo virar a minha cabeça e digo: “Ei! SI-LÊN-CI-O!!!!” Fui tão enfática que ele parou. A enfermeira, encantada, disse que usaria a técnica mais vezes.
Homens, criem vergonha na cara e parem de agir como grandes bebês. É ridículo.
A primeira noite passo na emergência.
No segundo dia, vou para a enfermaria.
Como o meu convênio será liberado apenas na quarta, passo essa noite na enfermaria e divido o quarto com mais 7 mulheres. Cada uma com uma história que passo a conhecer. Entre elas, 2 figuras marcam: a que está ao meu lado que é meio ranzinza e fica brava consigo mesma por ter sido fumante, mas ela tem uma menina que cuida dela que é ótima que me ajuda quando alguma coisa cai no chão ou quando preciso que movam um pouquinho as minhas pernas. A outra é uma negra, muito interessante, com língua afiada, com quase 90 anos. A cabeça dela é maravilhosa e o marido vem visitar. O marido é um banana e ela dá instruções claras. Ela pede que ele compre uma sacola robusta com zíper, porque vai mudar de casa. Ele diz que não tem ideia onde se compra esse tipo de coisa. Ela diz que qualquer loja de malas tem. Ele pede para ela dizer como é uma loja de malas. A minha vontade é de sacodir esse cretino com zero de atitude.
Mas vejo que ela é inteligente, vibrante e decidida. É por isso que o Brasil não fechou ainda. Há muita gente de valor.
O médico passa apenas uma vez por dia.
Mas, geralmente é um generalista. Mesmo sendo um caso grave, prioritário, não dá pra esperar muita atenção. Aprendo isso logo.
Meu senso prático já está a todo vapor.
Já organizei minha remoção para o andar da Prevent. A enfermeira aparece e diz: devemos ter um retorno em 20 minutos. E eu respondo: não precisa. Já estou com o número do protocolo. Resolvido.
Ligo para o cunhado do Andreas, Dr. Sylvio, fundamental em todo o processo, quem mais me ajudou a distância. Neurocirurgião, baseado em Piracicaba, começa a me monitorar via celular.
Quando um dos médicos aparecem, eu imploro para que liguem para o Dr. Sylvio e passem informações sobre o meu caso. Ele cumpre a promessa e o faz.
Uma tomografia é solicitada e me levam para lá.
O processo para exames é complexo. Precisam me tirar da cama colocar na maca, colocar no equipamento, na maca e então para a cama.
Peso 49 kg, fator muito apreciado por toda a assistência do hospital. Mesmo tão leve, essas movimentações requerem pelo menos 3 pessoas. Usam uma espécie de “tábua” chamada transfer. Funciona super bem. Sempre tratei muito bem meu corpo, a minha musculatura é robusta e forte, tenho controle da minha respiração e, em um dos dias que a minha pressão sobe devido à medicação aposto com ele que faço voltar na raça, controlando a respiração. Funciona e pronto, me livro de um remédio para controle da pressão.
Tenho controle e autoconhecimento da minha máquina e o corpo há de responder. Tenho certeza absoluta, sempre.
A tomo confirma que a minha cabeça e raciocínio estão intactos. Era isso que eu precisava ouvir, porque a força mais poderosa de uma pessoa está na mente e a minha está funcionando (pelo menos é o que o exame diz...rs).
Depois da noite na enfermaria, vou para o quarto da Prevent.
Pa-ra-í-so.
O quarto faz muita diferença porque preciso de silêncio para exercitar mentalmente meus movimentos. Em 24 horas aprendi muito sobre neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro se reorganizar e reconstruir novos caminhos neurológicos. Ainda vou dar uma palestra sobre isso.
Passei a subir escadas mentalmente. De 10 em 10 degraus. O exercício é tão intenso que, apesar de não mover um milímetro ainda, tenho a sensação de que gasto inúmeras calorias.
Tomo uma medida muito importante: quero falar com a nutricionista.
Pouco tempo depois lá vem ela e eu sou clara: meu corpo precisa de comida de verdade. Não dá para curar ninguém com bisnaguinha, margarina, toneladas de biscoito, geleia diet.
Eu sempre detestei comida de plástico e eu precisava que minha alimentação mudasse drasticamente. Todo mundo estranhou: virei a alérgica, que toma bebida sem açúcar, pede proteínas aos baldes, muita fruta, recusa doces e não crê no poder curativo das bolachas. Hospitais, acordem. Esse tipo de alimentação serve apenas para quem vai até vocês em busca de atestado.
O Andreas, sempre do meu lado, fica o tempo todo que pode.
Um príncipe. Como sempre.
Peço mel. Meu corpo precisa de co-mi-da.
Daí pra frente, minha bandeja vem sempre acompanhada de uma etiqueta com grifo em marca texto com as minhas instruções. Mas, não deixam de mandar o adoçante o o sachet de açúcar o que garante a minha risadinha, que vem sempre depois do comentário da moça da cozinha: sem açúcar mesmo? Sim. Com vitaminas, por favor.
Fico grata por sempre ter me interessado pelo tema e saber que agora preciso de gordura limpa das nozes e começo a introduzir também essas, aumentando a dose de castanha do Pará, mesmo sabendo serem elas tão fortes.
No novo quarto o conforto é outro e recebo o primeiro banho.
É extremamente trabalhoso. Uma operação de guerra porque ainda não consigo firmar o tronco. Junte isso às pernas rebeldes, mais sabonete escorregadio e terá uma imagem clara do processo como um todo. Em meio disso duas enfermeiras tomando cuidado para não pisar na sonda e eu com um chuveirinho na mão rindo sem parar, ameaçando molhar as enfermeiras caso elas não me limpem direito.
Isso passa a acontecer todas as manhãs.
É legal e não é.
É legal ficar limpa, ainda mais em meu caso, adepta a pelo menos dois banhos diários, mas é muito dolorido. Meus músculos nas costas doem (mesmo eu sentindo apenas a parte superior), o meu abdome me massacra e todos os dias pela manhã tenho que me pendurar no pescoço de alguém bem firme, com uma força que eu não tenho ainda, contando com a benevolência dos anjos da limpeza.
Enfermagem é vocação.
Pudor, ficou perdido em algum lugar no passado.
Tem gente que acha que sair na Playboy é transgressão. Piada.
Chamo a Aguida. Minha acupunturista.
Nada me surpreenderia se ela entrasse pela janela com a capa de super-heroína. Por que ela é mesmo.
Descendente de japoneses, um metro e nada por fora, dois metros e dez por dentro.
Ela veio com suas agulhas me salvar.
Ao tocar os meus dedos já identifica que meu fígado está péssimo. Claro, o veneno está todo lá. Aguidas são mais precisas que qualquer exame e, ela vem fazer uma sessão.
Maravilhoso.
Mesmo com movimentos involuntários algo se mexe em meus pés.
A sensação é muito estranha: nos primeiros dias olhava para as minhas pernas e aquilo parecia pertencente a outra pessoa. Parecia aquele clássico truque de mágica onde uma mulher fica serrada em caixas diferentes. Depois que a Aguida vem, meu cérebro começa a entender que aquilo é parte integrante do meu corpo. Substituo a ausência dos órgãos por uma imagem mental poderosa, sinto as duas pernas como dois balões de gás hélio, flutuando no espaço.
Depois de uma nova sessão dela, passo a sentir a força da gravidade embaixo dos joelhos. Fantástico.
Ela vem e traz comida! Berinjela, linhaça, bala para refrescar o hálito, ameixas deliciosas. As ameixas me fazem lembrar do filme “O paciente inglês” que tem o privilégio de ganhar uma ameixa da Juliette Binoche. Fico feliz em pensar que o pobre Ralph Fiennes está todo queimado. Estou bem melhor que ele, ufa! Tá fácil.
Andreas traz iogurte caseiro. Minha dieta está perfeita agora.
Meu corpo vira um laboratório de testes.
Sylvio insistindo em uma ressonância, o exame que vai mostrar o que realmente aconteceu.
No meio disso tudo, começam a traçar um diagnóstico: mielite transversa aguda ou isquemia. A mielite é uma inflamação dentro da coluna (explicação simplista, mas basta) e a isquemia é um tipo de trombose. O legal é a primeira opção porque o que separa os dois diagnósticos é uma simples palavrinha: irreversível.
Rezo para não ser isquemia.
Tenho uma conversa com o Sylvio ao telefone e, apesar do meu otimismo, as características do caso levavam a um quadro de isquemia. Ele sentia muito, mas tinha poucos elementos para poder julgar. Foi de uma extrema delicadeza. Em nenhum momento fraquejei. Pedi apenas sinceridade e estava pronta. Vamos em frente. Serei eternamente grata.
Comecei a buscar especialistas. Nesse momento entra uma figura fundamental. Carla Testa. Uma amiga querida que conheci na época de trabalho no Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Sempre animada, com uma rede de relacionamentos imensa, começamos a pesquisar. Começaram a chegar alguns nomes. Sylvio fazendo o mesmo. E eu tentando contato. Interesse zero. Bem inacessíveis e sem a menor visão de evolução profissional. Eu, como médica, adoraria explorar um caso como o meu. Teria fascínio de entender esse efeito devastador. Eles acham que isso dá trabalho. Estudar pra quê?
No meio disso tudo, recebo uma visita surreal.
Um dos médicos da equipe do Dr. Santin me dá a honra da visita.
Ele é neuro.
Traz um recado do mascador de chicletes: ele ficou muito “melindrado” por eu ter colocado outro médico (Dr. Sylvio) na linha. Isso era “antiético”. Se ele quisesse o caso, que viesse tratar e parasse de dar palpite. E que eu não fizesse mais isso.
Ele dizia isso olhando para a televisão, acompanhando um jogo do Uruguai, que havia ficado passando em uma das poucas vezes que liguei a TV em todos os dias da minha internação. Nunca gostei de TV e sempre fui uma devoradora de livros. Uso aumentava a definição da minha pessoa no hospital: alérgica, que exige comida, lê initerruptamente no Ipad e não assiste nunca TV. E está sempre de bom humor. Pessoa estranha essa.
Olhei para aquele médico que tinha convicção que era Deus me dando um sermão. Eu, que sempre detestei palavrões pela paixão pela língua portuguesa bem escrita, tive vontade de usar uma lista, em diversos idiomas, para exterminar esse ser de branco dali. Mantive a classe, fiz cara de egípcia e agradeci o recado. Finíssima. Não ia ser agora que ia perder a classe. O Sylvio insistia na ressonância. Apenas isso.
Andreas consegue o contato de um novo especialista.
Ele atende de forma simpática, diz que não pode falar naquele momento e que retornará no final do dia.
Foi simpático, mas até agora o médico não retornou a ligação. Tu-tu-tu-tu. Foi engano.
Quando eu começo a pensar que estou em um hospital cujo neurologista chefe não vem fazer visita coloco na cabeça que quero sair dali. E vou fazer isso acontecer.
Digo para a enfermeira: quero ir para a unidade da Prevent. O quanto antes.
Faço de forma clara a preservar as enfermeiras fantásticas que cuidam de mim. O trabalho delas é maravilhoso. A minha queixa não é contra o hospital, nem ao convênio nem nada. Eu quero um médico. Pensei que eles ficassem nos hospitais.
Tenho vontade de conseguir o telefone do Dr. House, do seriado. Eu seria um dos episódios mais vistos e ele garantiria que eu sairia dali andando. Tenho certeza. Pena que ele é um personagem e na vida real o cara não é bonito, não tem interesse e nem sabe mascar chicletes.
O tempo de consultoria no Oswaldo Cruz me ajuda muito. Conheço a estrutura hierárquica, o fluxo do processo como um todo. Tenho vontade de sair arrumando tudo. Prevent, você será meu próximo cliente. Garanto uma melhoria significativa na experiência do paciente. Será sucesso garantido.
Na quarta tenho finalmente a notícia de que vou fazer a ressonância. Que alívio.
Mas, ninguém sabe ainda quando e eu fico esperando. Esperando. Esperando.
Continuo precisando de um especialista.
Me dá medo quanto custa um médico desses, uma vez que como vou ganhar dinheiro no período de recuperação? Todo mundo que me oferece ajuda me dá um certo desconforto, porque sempre me mantive sozinha. Mas com as pernas funcionando. Por enquanto, só o cérebro e ele vai ter que me sustentar. Tomo a decisão de que farei duas coisas: já montarei um esquema de reuniões da empresa onde trabalho via Skype, ficando conectada praticamente 100% do tempo para responder e-mails e liderar a equipe na melhor maneira possível. Vou achar um jeito porque tenho que honrar pelo menos parte do meu salário por hora, o que será fundamental à minha sobrevivência. Outros clientes ficam stand-by. Requerem muito deslocamento e reuniões de negociação presencial. Esses ficarão fora por hora e depois dou um jeito de comunicar. Decido a partir da semana que vem prestar consultoria a start-ups via Skype. Consigo dar grande suporte dessa forma, além de mentoria. Consigo cobrar um preço justo e acessível, conseguindo assim pagar convênio, medicação, condomínio, telefone. Mesmo sem luxo, há contas que preciso resolver para não sobrecarregar ninguém ao meu redor.
E em falar em mentoria, entra um outro personagem fundamental dessa história. O André Meister, sobrinho do meu companheiro (já sei, mais um André....rs) do quem eu sou mentora há alguns meses.
Ele é um ilustrador absolutamente talentoso, tem um humor delicioso e tem me feito rir desde o início desse processo.
Dele vêm as mensagens de estímulo mais criativas. Um grande talento do bem, na maior torcida e na reza, acompanhando passo a passo o processo. André, você é demais!
Finalmente eu recebo a notícia de que farei a ressonância na sexta. Havia se passado 6 dias da picada e pela primeira vez veríamos o estrago.
O transporte foi luxo puro.
Mexi tanto para me levarem que apareceram duas ambulâncias.
Não, apesar de ter sido dividida em caixas pelo bicho mágico, ainda dá para ir em uma ambulância só.
A empresa chama-se Con7. Ficou marcado esse logo em minha cabeça porque o atendimento deles foi sensacional. O Andreas foi na frente e eu atrás com a Vilma (ou Wilma – detesto escrever o nome de alguém errado) foi comigo atrás. Batemos o maior papo. Eu contei o que tinha acontecido comigo. E ela a história dela. Foi nota 10. Mas, não seria o meu caso se não tivesse um pouco de emoção: no elevador TINHA UM MOSQUITO. Quando fechou a ambulância, TINHA OUTRO MOSQUITO. Não, eu não precisava de uma outra picada agora. Give me a break.
Mosquito exterminado, vamos em frente.
Chegamos ao centro de exames. Super moderno e eu a postos.
O exame é péssimo, porque coloca no limite qualquer controle emocional.
Bom, como nisso estou em nível ninja, deu tudo certo.
A ressonância acontece dentro de uma espécie de caixão, com tampa em cima. A cabeça fixada em um suporte rígido e desconfortável. Protetor auricular rígido nos ouvidos. Peço para entrar com o lencinho da enfermeira e uma imagem da N. Sra. Aparecida de plástico, um presente de uma manicure querida. Eles benevolentemente permitem.
Entro coberta com um cobertor, porque não posso me resfriar e tenho tosse. Me deixam um controle de pânico na mão e me avisam que na parte final do exame introduzirão o contraste e rezarão para eu não ter outro choque. Estarão a postos se isso acontecer.
Ligam a máquina, saem da sala e lá vou eu.
Decido relaxar usando as técnicas de respiração da yoga. Funcionam divinamente. Começo a fazer passeios mentais nos locais da minha infância. Minha escola, a minha primeira casa, uma viagem. Meu pai faleceu no último dia 31/10. Penso se já deu tempo dele chegar no céu e olhar por mim. Se não chegou ainda, tem todo o time de avós por lá. Peço uma reunião com eles, mais um anjo da guarda. Não sei porque, mas o meu anjo é grande, forte, dourado e usa botas funcionais. Nessa reunião deles peço ajuda. O que preciso agora é de uma descarga elétrica divina de reativação.
E o Andreas, firme, esperando.
Isso tudo acontecendo com gotas de suor percorrendo meu corpo por causa do cobertor. E uma coceira básica no nariz.
Durante aproximadamente 1h40.
Faltando uns 20 minutos, ouço uma voz no autofalante: vamos liberar o contraste, já anexado ao meu acesso.
Reze.
Corpo, por favor seja bonzinho e dessa vez, não tenha mais um choque.
Funcionou!
20 minutos depois abrem a tampa desse caixão.
A sensação é maravilhosa.
Eles elogiam meu autocontrole.
Dizem que fiquei quietinha.
Será que eles lembram que nada mexe?
Para agilizar o diagnóstico, saímos de lá com o laudo e com o CD das imagens.
Voltamos de ambulância para o hospital e imploro para chamar o médico.
Ele se recusa a abrir o CD.
Quer impresso.
Quer ir para casa.
Eu que me vire para conseguir as imagens.
OK. Obrigada pela sua atenção.
Tentamos tudo, mas nada abre o CD que precisa do software para ser interpretado.
O exame disponibilizado no portal do paciente da Prevent carrega parcialmente.
O laudo é dúbio e diz que podem ser as duas coisas.
É preciso de um especialista para confirmar que é mielite e descartar a isquemia.
Mas não tem médico.
Quero sair daqui.
Finalmente um médico aparece e me mostra que é uma mielite.
Simples assim.
Me dá um alívio.
Sexta à noite ligo para o meu chefe e conto o que realmente está acontecendo.
O meu sentimento é de vergonha de deixa-lo na mão em um momento em que eu sou tão necessária dentro dos desafios que a empresa passa. É a única vez que a minha voz fraqueja. Eu sinto vergonha de não poder cumprir com a minha função profissional.
Ele é nota 10.
Entende, me oferece apoio e dá um tipo de resposta que o meu cérebro cartesiano adora: como engenheiro, analisa o caso das minhas picadas anteriores e diz que, estatisticamente, eu vou voltar, é só questão de tempo. Adoro a palavra estatisticamente quanto está a meu favor. Adorei. Marco, você foi excepcional, obrigada!
O meu irmão trabalha conosco e me preocupo em saber que também precisarei tirá-lo da empresa por breves momentos. A minha ajuda necessária é masculina, preciso de alguém com força física para me movimentar e me sinto mal em ter que tirá-lo do trabalho eventualmente. Mas, isso resolvo depois. Uma coisa de cada vez.
No sábado pela manhã tomo outra atitude prática. Vou comunicar a minha família e avisar que tenho algo um pouquinho mais complexo do que Influenza. O que eu tenho sim poderia influenciar a vida de todos nós.
Faço da seguinte forma: ligo, perto de 7 horas da manhã para meu irmão, que me atende com sono. Explico em linhas gerais. Ligo para uma tia querida, a Titi, pau pra toda obra e um grande apoio para a família inteira. Explico o caso por cima também. Então, peço que meu irmão pegue a minha mãe e venha para o hospital. Tínhamos perdido meu pai há pouco tempo e a família estava se recuperando. A minha mãe foi a única a saber apenas no hospital. Medidas protetivas.
Falei com eles sozinha, dando duas possibilidades e enaltecendo que poderia ser irreversível. Meu irmão trouxe a Fernanda, minha cunhada, que veio também prestar apoio.
Bom, todo mundo sem saber o que fazer, pensar, etc.
Mas, sem grande drama, vamos ver o que fazemos então.
Avisei o meu chefe que passaria uma mensagem à equipe na segunda e ele respeitou.
Mandei no grupo de WhatsApp um resumo geral sem detalhes.
Começou uma torcida forte com todos tipos de reza e apoio espiritual.
Eu que sempre respeitei muito isso, me senti em casa.
Comecei a receber doses de preces e mensagens.
Se virem alguém dourado andando por aí deverá ser eu, de tanta carga positiva que eu tenho recebido!
Bom, agora o objetivo era conseguir ir para um outro hospital.
Me avisaram que eu iria para a Unidade de Pinheiros. E, no último momento recebi a notícia que iria para o melhor equipado do Paraíso.
Achei ótima a ideia de ir para o Paraíso. Reconfortante para quem havia passado alguns dias no lado oposto.
Ficava mais longe, mas tudo se ajeita.
Outro detalhe importante: não é legal ter um choque anafilático durante a Copa do Mundo. Me dá a sensação de que as pessoas estão mais preocupadas com o penteado do Neymar. Assunto absolutamente relevante.
Tomo outras decisões importantes: não quero saber via internet nada sobre mielite. Quero entender sobre o que me tira dela. Neuroplasticidade, reabilitação.
O único problema é que o meu acesso via celular é limitado e não consigo ver nenhum tipo de vídeo sem correr o risco de ficar sem sinal por uma semana, quando o pacote de dados se renova. O meu irmão tenta resolver minha conexão mas não funciona. Os vídeos seriam fundamentais no meu processo de recuperação. Preciso entender como funciona todo o meu sistema esfíncter, a minha coluna e tudo mais. Mas não, dá. Não posso gastar vendo isso e cortar minha comunicação com quem pode me ajudar via WhatsApp. Os vídeos vão ter que esperar.
Finalmente me mudam de hospital.
Mais um passeio de ambulância.
Me despeço das enfermeiras, faxineiras e tudo mais.
A Nena da Prevent apoia a minha decisão.
E lá vou eu.
Também não vi o hospital por fora.
Entrei em uma maca e conheço apenas o teto.
E, boom, sou colocada em uma nova cápsula mágica de cura.
Meu novo e mais espaçoso quarto.
Uma enfermeira chamada Rafa vem me recepcionar.
Fazem festa com a minha chegada.
Logo depois aparece uma médica.
Ela lê meu prontuário e pede que eu relate a história.
Me sinto em boas mãos e faço um relato bem objetivo.
Ela elogia a minha clareza ao Andreas.
Mas, felicidade é algo passageiro em um hospital: ela era uma geriatra.
Sim, já tenho uma geriatra, mas preciso de um neuro.
Pode ser ou está difícil?
O Andreas, a Aguida, o André, a Carla, o meu time, todo mundo ajudando como pode.
Minha família vem fazer visita.
A Marina, uma companheira de trabalho e amiga da qual sou fã vem me visitar. Adorei o carinho. As meninas da escola também. Delicioso. Largaram tudo o que estavam fazendo para me ver. Inestimável!
Eu repito a minha história e o efeito é sempre o mesmo: “mas que bicho é esse?” E “eu tenho alergia a camarão”. Coitado do camarão. Todo mundo ri porque chega a conclusão que no RJ até os bichos têm um outro nível de periculosidade.
Opto por ficar a maior parte do tempo sozinha.
O tempo é meu aliado nos exercícios mentais e preciso de silêncio para poder me concentrar.
Subir escadas mentalmente vira um mantra: 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10. O Andreas faz alusão às escadarias do Sacre Coeur. Chiquérrimo. Se alguém quiser saber onde estou, são nessas escadas, OK? Vamos subir escada em Paris que é muito mais glamuroso e é bem mais bonito.
Imagino que ao ler até aqui esteja todo mundo cansado. Mas, não reclamem e não sejam preguiçosos. Todo mundo que me conhece sabe o quanto detesto gente que só reclama e tem preguiça. Se chegou até aqui tenha a decência de ir até o final, OK?
A semana no hospital leva a um tipo de tratamento chamado pulsagem. Doses imensas para um corpo do tamanho do meu.
As minhas veias explodem.
Funciona assim: durante 3 dias receberei doses de elefante de antialérgico e corticoides (o que eu posso tomar). Isso faz com que eu tenha que tomar diversas outras injeções ao mesmo tempo. Essas injeções são injetadas, uma a uma, no acesso. Cada uma dói de um jeito diferente: tem gelada, grossa, quente, ardida. Para todas as preferências. Alguém me explica porque não aplicam essas injeções nos sacos de medicação que ficam pendurados ao meu lado para não passar por esse ritual doloroso à toda hora? Dói muito, sem pausa e quando a dor começa a apaziguar, vem de novo. E de novo. E de novo. Quando está insuportável chega a hora de trocar o acesso de lado. Isso é ótimo, porque a dor muda de lado. Mas a do lado anterior não vai embora.
Enquanto escrevo essas linhas meus braços doem. Muito. É mais ou menos assim: imagine uma planta que chegou a ressecar quase a ponto de morrer. Mas não morreu. Agora, a seiva precisa circular de novo até voltar a nascerem as novas folhas. Esses são meus braços agora, mas vão ficar bons. Esse é o maior empecilho para eu movimentar na cadeira. No momento que mais preciso da força, ela ainda não está ali.
Mas, como sempre amei dirigir, estou me sentido craque nas minhas manobras no meio da casa e não bati na quina na parede nenhuma vez.
Bom, dando uma acelerada na história vinha assim: tratamento em doses imensas (eu com 49 kg recebendo medicação proporcional para 350 kg, conforme breve explicação do médico), comprimidos de Etna, um potente fortalecedor, doses “piscinares” de Complexo B, comida, medidas, etc.
Até que chegou na última sexta e pediram para o Andreas estar cedo no hospital. O que ele fez prontamente (ele insistia em ficar todas as noites e eu o mandava embora porque basta um doente).
Imaginávamos que eu iria para outro hospital, não sei.
A notícia veio de forma singela, através de uma cardiologista: você vai ter alta.
Como?????
Sim, o hospital fez o que pôde por você e agora daqui pra frente é com você.
Oi???
Sim.
O Andreas precisa assinar a papelada.
OK.
No sábado, 4h30 as luzes do meu quarto são acesas.
Você está de alta. Vamos te dar banho daqui a pouco.
5h15, café da manhã.
Pressão, temperatura, complexo B, corticoide, fortalecedor.
Mando uma mensagem para o Andreas. A mensagem é clara.
Vão me despachar na primeira oportunidade.
Tchau.
Tenho milhões de dúvidas. Tenho uma sonda presa ao meu corpo.
Paro de uma hora para a outra a medicação, sem mais nem menos?
Vou ter alguma receita?
Alguma instrução???
Entra o pessoal da hospitalidade. Diz que meus exames serão reunidos.
Um dossiê.
A médica, cardiologista autorizou.
Chega.
O seu tempo aqui acabou.
Descubro que continuarei com algumas coisas via oral.
2 comprimidos diferentes daqui pra frente, por 30 dias.
Corticóide e fortalecedor.
Quanto tempo fico com a sonda?
Não sei.
E se eu tiver uma infecção?
Reze para que isso não aconteça.
Escrevo para o Andreas. Tenho a sensação de que às 7h00 já estarei em uma cadeira de rodas, embalada para presente.
No celular, todo mundo perguntando qual o horário de visita.
Cômico.
Eu advogando em causa própria: me deem mais um dia de internação para que eu possa adaptar a casa. É sábado, de feriado prolongado. Não tenho nada e, nem nos sonhos mais selvagens achei que passaria o sábado em casa.
A mensagem é clara: R$ 600,00 a diária.
Andreas chega, tão chocado quanto eu.
Vem a alta para eu assinar, nas mãos da pessoa da hospitalidade: lá não aparece nada dizendo que saio com sonda e que estou apta a receber cuidados familiares.
Claro, faz parte do currículo de toda família cuidar de alguém com sonda, dar banho, movimentar um corpo frágil, trocar fralda.
Eu me recuso a assinar na tentativa de conseguir home care pelo convênio por pelo menos uma semana. Não há home care.
Luto para que saia na minha alta a presença da sonda.
A médica se recusa a assinar e, por estar prestando plantão na UTI, manda o não sempre através da hospitalidade.
Veem que sou um osso duro de roer.
Vem alguém da ouvidoria.
Começo, calmamente a explicar que não tenho nada contra o hospital, preciso apenas de alguém do convênio me dê um apoio, pelo menos uma hora ao dia, por no máximo uma semana, para que eu possa aprender como cuidar de mim.
A resposta é categórica: a médica não vai facilitar. Assina logo a alta e vai embora. Fora.
O hospital não se importa com o que vai acontecer com você fora daqui.
Fizemos o nosso trabalho.
Nas idas e vindas da representante da ouvidoria, ela vê que o celular está sobre o meu colo.
Claro, é o único contato com o mundo exterior que tenho e diz, de forma que me insulta profundamente: “Ah, não, não vai dizer que você está me gravando!!!”.
Eu tenho vontade de meter a mão na cara dela. Mostro o meu celular e peço que cheque por si mesma.
Eu não sou uma pessoa desonesta e se, em algum momento precisasse desse tipo de prova seria cristalina e pediria para ela repetir o que estava me dizendo para que eu pudesse gravar.
Não, querida, eu não estou gravando.
Porque naquele momento havia ficado bem claro que “isso estava acima da sua alçada”.
Aí entendi porque sempre tive sucesso profissional. Eu não tenho medo de ir acima da minha alçada.
Nunca tive.
Se não for assim coloquem robôs.
São mais baratos em todos os aspectos e resolvem 99% dos casos.
O mundo não precisa de novos aplicativos e sistemas de inteligência artificial.
O movimento é o oposto. Precisamos de inteligência pura, simples, natural, descomplicada e humana.
Finalmente a importante médica coloca que saio com sonda.
É tudo o que eu tenho.
Pronto.
Dentro de uns 5 dias úteis farão contato com você quanto à reabilitação.
Não tem vaga agora, mas vão dar um jeitinho.
O neuro, só no dia 14. Encaixe. Sortuda, não?
O número de contatos da agenda do bichinho vai aumentando. Vai ser longa.
O Andreas com as minhas coisas em uma caixa.
Peço ajuda para me levarem até o carro.
Vejo o hospital pela primeira vez.
Bonito, na medida do possível que possa ser um hospital.
O carro chega, um enfermeiro me coloca dentro do carro.
Lá vamos nós.
Rezando para pegar uma loja de equipamentos hospitalares aberta.
Já organizei, objetivamente a lista: cadeira de rodas, de banho, bolinha de exercício, colchão casca de ovos para não formar escaras mais a lista para a farmácia.
Chegamos e, por 2 minutos pegaríamos a loja fechada. Eles estavam no momento de fechar, todo mundo pronto para ir embora.
Deus está do meu lado dessa vez.
Conseguimos comprar tudo, eu dando instruções de dentro do carro porque sei exatamente o que preciso.
Dali, farmácia: medicação, lenços umedecidos, fraldas.
Chegamos no prédio.
Um porteiro nos aguarda para subir o arsenal.
O Andreas me coloca na cadeira, subimos.
Estou absolutamente calma, apesar do desconhecido.
Vamos vencer uma coisa de cada vez.
Tenho a sorte de ter ao meu lado um companheiro de tão grande valor.
Ele é forte. Pra dar conta de mim tem que ser.
Meninas: no primeiro encontro olhe para o parceiro e pense – “Ele seria capaz de trocar as minhas fraldas?”. Se, a resposta for sim, agarre-o! No mundo dos homens que tem medo de injeção isso é categoria de luxo.
Hoje estou pelo terceiro dia em casa.
Recebi a minha visita.
Minha prima querida, a Tuca, que mora em Campos do Jordão veio de lá para me ver com minha tia Iaci e o simpático marido Eugênio.
Vem meu irmão com minha tia e minha mãe.
Dia agitado.
No outro dia tenho uma ideia brilhante. Chamar a D. Astrid, mãe de meu antigo sócio, que foi enfermeira poderosa por muitos anos.
Ela mora no bairro Tremembé. Super longe de onde estou.
Mas atende ao meu pedido de instruções e vem ao meu socorro.
Visita deliciosa e reconfortante.
Voltou hoje para ensinar melhor o banho.
Show.
Graças aos contatos da minha prima, conseguirei passar amanhã, pela primeira vez com um especialista em Mielite Transversa Aguda. Sim, esse é o nome. Sempre gostei de trabalho bem feito. Já que vamos fazer uma mielite, que seja aguda. Sempre o melhor!
Hoje também recebi a ligação da Sra. Angelika Pohlmann. Me senti extremamente honrada e grata pela oferta de ajuda. Ela é esposa do Sr. Karlheinz Pohlmann, um antigo presidente do Hospital Alemão. Eles ofereceram toda a ajuda possível. Um conforto depois de toda a angustia dos últimos dias. Obra da Carla fazer essa informação chegar até eles.
Está tudo certo.
Bom, esse relato tem o intuito de colocar todos na mesma página.
Precisava criar uma forma de comunicação prática, onde pudesse colocar todos ao par de minha situação de uma forma unificada e organizada e intenciono mantê-lo atualizado de informações.
Tomei outras decisões importantes:
Passo a assinar agora como Andrea Meister. O sobrenome do meu companheiro. Tenho orgulho de ostentar esse sobrenome e me ajuda a construir uma nova pessoa. Jéssica, minha fiel escudeira, por favor altere meu nome no site da empresa. Isso vai me ajudar. O meu sobrenome ficou no passado. É pra frente que quero olhar.
Passo a assinar agora como Andrea Meister. O sobrenome do meu companheiro. Tenho orgulho de ostentar esse sobrenome e me ajuda a construir uma nova pessoa. Jéssica, minha fiel escudeira, por favor altere meu nome no site da empresa. Isso vai me ajudar. O meu sobrenome ficou no passado. É pra frente que quero olhar.
Não quero lembrar de nada que tenha feito antes. Minha vida começa agora.
Nunca gostei de tirar fotos e o choque não mudou isso em nada. Por favor preservem a minha imagem.
Passem o link para as pessoas que podem se beneficiar do que eu relato. Mas tratem com respeito, por favor.
Não divulguem meu endereço de forma aleatória. Todos estão convidados para visitas. Peço apenas que avisem antes e na eventualidade de alguém desconhecido precisar do endereço me avisem.
E-mails serão sempre bem–vindos. Todos que me conhecem sabem que a vida inteira detestei telefone. Eu gosto das palavras escritas, bem trabalhadas. Usem esse endereço sempre que precisarem: [email protected]
Gostaria de que se alguém tiver contatos com a Prevent Senior, a Con7, às enfermeiras dos hospitais que me atenderam, a Gol, o pessoal do Cristo Redentor, do SAMU, do SUS que façam a info chegar.
Se tiver alguém com pleno domínio do alemão/ inglês para traduzir o que escrevo será bem-vindo, porque assim coloco todo mundo ao par da minha evolução e não gasto nenhum tempo precioso do meu dia fazendo isso e consigo assim atualizar todo mundo.
Ah, se esse blog existe é graças ao André Meister. Ele dispensa comentários e logo mais passo o link para que todos divulguem o trabalho dele.
Bom, é isso.
Daqui pra frente vou atualizando vocês por aqui.
E vai tudo certo.
Em breve nos encontramos, eu sobre meus saltos altos, me divertindo na vida de novo!
Beijo Imenso,
Andrea Meister
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character profile questions by beth kinderman and nikki walker.
양 DEOKSU, the mannequin.
part 1: the basics
what is your full name?
yang deoksu.
where and when were you born?
23 de março de 1995, em iksan, na coreia do sul.
who are/were your parents?
minha mãe e meu pai são donos de dois restaurantes em iksan, mas não são de uma popularidade muito alta. minha mãe é... complicada, e esse é o jeito carinho de dizer. meu pai é como um nada, um borrão pra mim, porque convivemos muito pouco porque ele passava muito tempo trabalhando quando eu era novo e depois fui embora, então eu não o conheço tão bem — mas tenho uma ideia de que ele seja como minha mãe, e considerando nossa situação ruim que vem desde minha sexualidade até minha profissão, não me interessa tanto assim.
do you have any siblings? what are/were they like?
tenho quatro irmãos, dois mais velhos e dois mais novos. o mais velho mesmo tem uns 30 anos atualmente e por muito tempo ele esteve fora de casa estudando para ser chefe como meu pai — e eu acho honestamente que o favoritismo veio daí, junto com a inimizade; não que a gente se odeie, mas não temos nada pra conversar que não vire discussão, principalmente pelas ideias de neandertal dele. o segundo mais velho tem 27 anos e também trabalha com meus pais, mas nunca nos demos mal, apesar dos pesares. temos pensamentos e ideias diferentes, mas crescemos juntos e eu tenho um carinho muito grande por ele, porque foi o único que me apoiou em muitas das minhas decisões, mesmo as que iam contra as crenças e ideias que ele havia crescido com. meus outros dois irmãos vieram numa era mais digital e por sorte são mais amenos e abertos, é mais fácil de comunicar... apesar disso, não somos tão próximos porque tenho estado ocupado tem muito tempo e estando em seul, não posso vê-los com frequência — e suspeito que minha mãe prefira assim. de qualquer forma, não tem nada de errado com eles dois, uma gracinha de 22 e uma de 19. como você pode perceber, meus pais não tinham tv em casa e nem um método contraceptivo de qualidade.
where do you live now, and with whom? describe the place and the person/people.
atualmente moro em seul, capital da coreia do sul, junto com meus dois avós doentinhos. meus avós me criaram maior parte da minha vida e eu sempre vou ser muito grato — por isso hoje em dia tudo que eu faço os envolve, desde as ruins até as boas. apesar de tudo que aconteceu para que chegasse aqui, eu não me arrependo de ter sido o único que abandonou tudo quando eles ficaram doentes. sinto que estou apenas retribuindo o que eles fizeram por mim anos atrás; papéis invertidos. mesmo muito doentinha, minha avó ainda pede pra ver novela e me ouvir cantar hinos da igreja, e mesmo que eu não goste mais, eu faço porque ela chora, sorri e agradece ao deus dela pela minha existência. meu avô é mais complicado, porque às vezes ele se esquece das coisas e eu preciso introduzir à ele como uma criança, mas eu não ligo de fazer isso at all. apesar de não morarem aqui, as enfermeiras fazem seus plantões quando eu consigo dinheiro para pagar (o que tem sido frequente agora que tenho ajuda). a casa é pequenininha, mas é deles; própria. eles construíram na capital no passado e conseguiram manter sem os meus tios meterem as mãos, e agora ficamos por aqui. apesar das paredes tom de creme serem chatas, são decoradas com muitas fotos que eu não ouso tocar; da porta do meu quarto para fora, a casa sempre será deles e arrumada como eles desejam. mesmo os tapetes de crochê e louça antiga... tudo é mantido na ordem que eles preferem.
what is your occupation?
me formei em psicologia no ano de 2019 e atualmente estou fazendo uma pós graduação em sexualidade humana e terapia sexual, ou seja, sexologia. apesar de já ter atuado na minha área em estágios e até mesmo fixamente, atualmente eu trabalho apenas como vocalista da minha banda, a SINPHONY.
write a full physical description of yourself. you might want to consider factors such as: height, weight, race, hair and eye color, style of dress, and any tattoos, scars, or distinguishing marks.
eu sou meio pequeno... tenho 1,68 de altura 55kg. sou puramente asiático e meu cabelo é naturalmente castanho escuro, mas estou sempre mudando... atualmente estão em um tom de rosa pastel que eu me fodo muito pra manter! meu olho é castanho escuro, mas na luz fica até clarinho. eu poderia dizer que meu estilo é casual, mas seria a maior das mentiras... gosto de roupas que parecem sociais, mas com um toque mais moderno; cintura alta e jaquetas curtas de couro também uso bastante, mas as cores predominantes no meu guarda roupa são roxo, preto e vermelho. tem vermelho até no meu corpo, já que minhas três tatuagens são vermelhas e se espalham pelo meu corpo, sendo uma delas o delineado de uma foto minha e dos meus avós quando eu era criança, a palavra “morality” no peitoral e o desenho do cupido dentro de um coração no ossinho do meu quadril. tenho algumas cicatrizes da infância e de quando eu achei que podia descontar minha raiva do mundo no meu corpo, bem como as pintinhas que tenho espalhadas no corpo, que variam de uma coloração clarinha até as mais escurinhas, mas a mais visível é definitivamente a do pescoço.
to which social class do you belong?
classe média? sei lá. não tenho dinheiro, não. ainda. mas me viro com o que consigo com meus trabalhos.
do you have any allergies, diseases, or other physical weaknesses?
eu fui anêmico boa parte da minha vida, mas acho que não sou mais não. eu não gosto muito de médico, na verdade... mas tenho alergia a alguns medicamentos e rinite. tenho ansiedade e atualmente não me sinto mais tão deprimido, mas acredito que ainda hajam resquícios da minha depressão em mim, mesmo que leves.
are you right- or left-handed?
canhoto, mas pra escrever. outras coisas consigo fazer com ambas as mãos facilmente, provavelmente por ter trabalhado muito nisso pra dançar e cantar.
what does your voice sound like?
honey? jk. não sei, porque a ouço muito irritante, mas acho que é grave se eu falar baixo, aí vai aumentando gradativamente conforme eu me empolgo. agora... cantando chego em um tom bem alto.
what words and/or phrases do you use very frequently?
eu sempre digo ‘aigooya’, deve ser a mais marcante. na verdade, com certeza é, porque eu não lembro de mais nenhuma. além da constante provocação com meus parceiros de irritá-los quando me chamam pelo nome, repetindo ‘deoksu?’ só pra eles precisarem completar com o ‘hyung’.
what do you have in your pockets?
agora ou normalmente? bem... chaveiro com as chaves de casa, do armário de remédios... carteira com meus documentos e cartões, celular, fones de ouvido...
do you have any quirks, strange mannerisms, annoying habits, or other defining characteristics?
eu tenho alguns tiques no olho, conta? eu pisco meio sem controle às vezes, deve ser pela ansiedade. eu costumo usar maquiagem todos os dias, porque gosto de me expressar assim... costumo fazer as unhas também, com adesivos de flores e nuvens, porque a delicadeza bonita. meu temperamento é... algo; acho que me irrito fácil e ajo por impulso, posso machucar as pessoas com isso à vezes. costumo fugir de todas as coisas boas que acontecem comigo, porque tenho medo da hora que acaba, é algo pós traumático; acho que sou desconfiado e é notável, é difícil se aproximar de mim... e num geral, prefiro assim, porque não é do meu feitio falar com muitas pessoas; eee... posso parecer um pouco arrogante às vezes. eu uso óculos normalmente, mas eu meio que... me recuso, então precisei de lentes de contato — veja bem, como vou me maquiar se ninguém vai ver? algumas pessoas dizem que além de parecer desconfiado pela personalidade, eu tenho um rosto característico que me faz parecer esnobe e ‘superior’, mas não sei se concordo. não que seria um problema para mim, claro.
part 2: growing up
how would you describe your childhood in general?
era ruim quando eu ainda tinha preocupação com meus pais e meus irmãos mais velhos e todo o lance de me sentir diferente que toda criança viada tem, mas quando meus avós assumiram o controle, eu não posso reclamar de muita coisa. não faltava nada, mas também não sobrava. mesmo assim, meus avós mesmo em sua humildade, me ajudavam muito a me desenvolver como pessoa, desde a educação, até as partes mais delicadas. eles me levavam sempre para a igreja e eu odiava, mas quando comecei a cantar lá, pareceu mais divertido. em casa sempre vestia roupas dos adultos e cantava e dançava pela casa com colheres, controles e bonecos simulando microfones. apesar de não condizer comigo agora, eu era bastante aberto e grudento, meus avós dizem que eu não passava mais de duas horas sem pedir colo e beijo nos olhos. não gosto de forçar a barra, então não vou dizer que foi ruim. houve ausência, houveram traumas, mas eu já vi muito piores.
what is your earliest memory?
acho que eu tinha uns três anos quando eu entrei num elevador pela primeira vez. não deve ser minha primeira lembrança, mas é a mais marcante porque eu chorei muito e minha avó passou vergonha.
how much schooling have you had?
terminei meus estudos ainda enquanto era trainee e quando tudo se perdeu, eu ingressei logo na faculdade, me formei e estou na pós.
did you enjoy school?
sim e não. era muito inteligente, mas não era bom com exatas e isso me deixava frustrado. na questão relações, eu fui ficando mais quieto e fechado com o tempo, mas nunca me atrapalhou; eu tive bons colegas.
where did you learn most of your skills and other abilities?
aprendi a cantar na igreja, mas não de maneira profissional. tinha uma ajudinha aqui e ali, mas só se aperfeiçoou quando eu ingressei em um empresa de entretenimento e tive boas aulas de canto, atuação e dança. minha avó me ensinou a tocar gayageum e eu costumava ser bom, mas acho que hoje em dia estou enferrujado... acho que a coisa da qual mais me orgulho aprendi sozinho, que foi como compor, arranjar e produzir músicas sozinho, com muita pesquisa, depressão e tempo livre.
while growing up, did you have any role models? if so, describe them.
o freddie mercury conta? eu sempre gostei de figuras mais caricatas e de outros países, porque achava esse aqui muito fechado. gostava muito de kpop, no entanto, sempre quis ser como eles... e cheguei perto, mas falhei. em contrapartida, minha paixão por bandas de rock vingou e aqui estou eu!
while growing up, how did you get along with the other members of your family?
eu sempre tive uma relação complicada com um dos meus irmãos mais velhos. enquanto um deles me apoiava e cuidava, o outro me criticava por tudo e reforçava as palavras dolorosas da minha mãe. meus avós sempre foram meu tudo e eu costumava correr e lutar muito pela aprovação dos meus pais, mas à partir dos dezesseis anos eu me desprendi da ideia.
as a child, what did you want to be when you grew up?
artista, queria cantar e fazer parte de um grupo de kpop.
as a child, what were your favorite activities?
além das que já citei, gostava muito de ver desenho logo de manhã tomando o leite especial da minha avó, conta como atividade? gostava de rabiscar e brincar de jogos de tabuleiro, como xadrez e aquele de adivinhar rostos.
as a child, what kinds of personality traits did you display?
eu era bastante dócil e acuado com minha família, mas fora de casa era uma flor desabrochada que adorava ser o centro das atenções. mas sempre fui chorão e meio dramático, qualquer tombo era motivo de duas horas de choro e manha.
as a child, were you popular? who were your friends, and what were they like?
mesmo querendo muito, não era não. tanto que aprendi a lidar com ficar sozinho, além de alguns amigos de infância que mantenho contato até hoje... os que me aguentavam cantar e jogavam xadrez comigo.
when and with whom was your first kiss?
meu deus, que memória. meu primeiro beijo foi debaixo da escada da escola, depois de quase chorar de medo de beijar errado. a garota era muito legal e era a número um da turma que fazia parte, porém era dois anos mais velha que eu — até me lembro de ela dizer que eu era ‘muito cabeça’ pra minha idade. eu tinha quatorze anos e ela dezesseis. depois disso não fiquei com ela mais e fugi, porque era um bobão. meu primeiro beijo com um garoto foi com um menino que treinava comigo na empresa, eu já tinha uns dezessete anos. foi bom, mas foi corrido e tímido, porque ele também estava testando.
are you a virgin? if not, when and with whom did you lose your virginity?
pff, imagine. eu perdi a virgindade com dezessete anos também, depois de fugir de novo depois de beijar alguém, eu decidi que não ficaria mais com meninos e transei com uma garota — que também era trainee —, não foi ruim, mas não senti tantas coisas assim... agora sei porquê. só fui transar com um homem, como desejava, depois de sair da empresa e começar a faculdade, porque já estava mais seguro. mesmo assim, foi com um amigo próximo que também queria testar, na casa que ele dividia com algumas outras pessoas... weird.
if you are a supernatural being (i.e. mage, werewolf, vampire), tell the story of how you became what you are or first learned of your own abilities. if you are just a normal human, describe any influences in your past that led you to do the things you do today.
acho que onde estou agora começa a partir do momento em que eu ingressei na primeira agência após passar na minha primeira audição. as coisas corriam muito bem pra mim e nessa época eu não desconfiava das coisas boas, então vivi muito bem os anos que pude... eu estava oficialmente na lineup do grupo, lançando conteúdos e tendo fansites, quando a situação dos meus avós piorou. meus pais queriam internar ou deixar numa casa de repouso, e no fundo sei que só disseram isso para me alarmar... de qualquer forma, apesar de ser líder do grupo, eu tive uma conversa com a empresa e precisei quebrar meu contrato para me tornar cuidador dos meus avós, com menos anos que precisava. passei cerca de um ano me odiando e odiando tudo, porque precisei largar meu sonho e trabalhar como caixa de supermercado, telemarketing e barista para conseguir manter as despesas da casa que eram muito maiores que apenas o dinheiro recebido pelo governo para o auxílio. quando as coisas ajeitaram e eu firmei no emprego de atendente, consegui passar na prova para a faculdade de psicologia e conciliar as coisas, meus pais começaram a mandar algum dinheiro com a ajuda dos meus tios e eu consegui contratar cuidadores de algumas horinhas pra poder ficar em paz. foram anos assim, negligenciando tudo sobre mim, até que esse teste para entrar numa banda de garagem apareceu e um amigo próximo disse que eu deveria tentar, nem que fosse pra distrair a cabeça... e aqui estou até hoje, vocalista e orgulhoso. apesar das consideradas tragédias, sou feliz onde estou agora.
part 3: past influences
what do you consider the most important event of your life so far?
a minha mudança de iksan para seul com dezessete anos. tudo que veio depois disso me moldou.
who has had the most influence on you?
eu mesmo. acho que nunca fui muito influenciado por ninguém.
what do you consider your greatest achievement?
ter conquistado minha independência mesmo diante das dificuldades que vieram com ela.
what is your greatest regret?
nenhum? é, nenhum. é isso. a única coisa que queria ter feito é ter erguido a cabeça pros meus pais e meu irmão.
what is the most evil thing you have ever done?
acho que ter mandado mensagens anônimas para um garoto que eu gostava, xingando ele porque não sabia lidar com a situação. mas eu devia ter uns quatorze anos...
do you have a criminal record of any kind?
não.
when was the time you were the most frightened?
eu senti muito medo quando meu avô teve o avc, achei que eu ia vomitar vinte e oito vezes seguidas e ainda teria coisas revirando dentro do meu estômago. além disso, medos que pra mim parecem menores comparados com esse... a primeira avaliação mensal que fiz na empresa e a vez que fui assaltado estão no topo.
what is the most embarrassing thing ever to happen to you?
já saiu refrigerante pelo meu nariz no meio de um encontro e eu fiquei tão nervoso que levantei para ir embora e ele precisou ir me chamar para conversar — o que importa é que viramos amigos depois da situação. também tive uma vergonha desagradável uma vez que um rapaz estava no meio de um negócio comigo e eu precisei correr para vomitar. depois fui no médico e estava com intoxicação alimentar...
if you could change one thing from your past, what would it be, and why?
eu sei que é clichê, mas eu não quero mudar nada. quem sou eu, né? quem sou eu sem essas coisas. (mas se pudesse deixar meus avós saudáveis, eu deixaria).
what is your best memory?
clichê romântico agora, mas o momento que fui pedido em namoro pelos meus namorados. ou quanto toquei com a sinphony pela primeira vez e me senti em casa... tenho muitas memórias boas dos meus colegas de grupo e com as fãs que eu tinha na época, como os pequenos meetings que fazíamos e eu recebia elogios muito significativos e o mais especial foi quando me disseram ‘sua voz me faz sorrir nos momentos tristes’.
what is your worst memory?
tirando as coisas que falei da minha família e meus avós... o momento em que eu tirei minhas coisas do dormitório e os meninos choraram comigo dizendo que eu sempre seria seu líder. foi ainda pior que o momento de assinar minha quebra de contrato.
part 4: beliefs and opinions
are you basically optimistic or pessimistic?
completamente pessimista, pelo amor de deus.
what is your greatest fear?
não sei. acho que estou conformado com algumas coisas, mas... ainda sinto medo das pessoas que partem, das coisas que acabam e não podem voltar mais... como a vida.
what are your religious views?
sou agnóstico.
what are your political views?
sou esquerdista, mas quero que todo mundo vá se foder.
what are your views on sex?
gosto. de fazer. e de trabalhar com. além do talento, tenho conhecimento... mas sei que para alguns não é necessário, e não julgo. mas é uma parte de mim, sim.
are you able to kill? under what circumstances do you find killing to be acceptable or unacceptable?
acho que não sou capaz, não. nem concordo com morte como método de punição, mas para aqueles que vemos em livros e séries que sempre fogem e cometem os mesmos crimes (não falo de roubo, falo de coisas sérias), acho que fica difícil opinar contra.
in your opinion, what is the most evil thing any human being could do?
maltratar qualquer coisa que não possa se defender. pessoas, animais; qualquer coisa que não esteja em posição de defesa, que não consiga por algum motivo. é covardia.
do you believe in the existence of soul mates and/or true love?
vamos dizer que... eu preciso acreditar.
what do you believe makes a successful life?
tem aí uma porcentagem de talento, carisma e afins... mas acho que é muito mais fácil se você nascer no lugar certo e na hora certa.
how honest are you about your thoughts and feelings (i.e. do you hide your true self from others, and in what way)?
eu gostaria de dizer que sou transparente, mas seria mentira. apesar de ser psicólogo, eu reconheço que tenho maneiras de lidar com traumas e situações que não são ‘corretas’. eu costumo evitar dizer a verdade sobre meus sentimentos se acreditar que ela vai prejudicar algo importante; por exemplo... tenho dificuldades de demonstrar tristeza ou insegurança porque acho que vou soar ruim, então acabo tentando fugir e sair por cima da situação porque é difícil assumir minhas fraquezas e vulnerabilidade.
do you have any biases or prejudices?
acho que não. assim, conscientemente? não. posso ter algumas coisas internalizadas, mas não as vejo realmente porque sou muito aberto.
is there anything you absolutely refuse to do under any circumstances? why do you refuse to do it?
olha, sei não... isso abrange muita coisa, mas eu sou experimental em vários aspectos de minha vida e procuro ceder uma tentativa para tudo que está no meu alcance. veja bem... nada de pensar coisa errada.
who or what, if anything, would you die for (or otherwise go to extremes for)?
pela arte. pelo amor. (pelos meus amores). pela minha verdade.
part 5: relationships with others
in general, how do you treat others (politely, rudely, by keeping them at a distance, etc.)? does your treatment of them change depending on how well you know them, and if so, how?
para as pessoas que eu não sou próximo ou não conheço, eu mantenho distância; se falarem comigo, são poucas as chances de eu puxar conversa ou ser extremamente simpático. sou educado, mas bastante fechado. com meus amigos e pessoas próximas, eu costumo ser amigável, sou carinhoso e às vezes um pouco rude, por costume. mas apelidinhos e preocupações são comigo mesmo.
who is the most important person in your life, and why?
essa pergunta me deprime, não posso escolher só uma. por racionalidade, meus avós. agora... entre eles? não existe uma maneira de definir. nunca.
who is the person you respect the most, and why?
meus avós. aff, todas as respostas são essa? enfim. mas é verdade.
who are your friends? do you have a best friend? describe these people.
ok, vamos lá. a sinphony são meus principais amigos, mesmo eu namorando metade dela. o daniel é uma coisa estranha e mantemos uma relação divertida, ainda que não sejamos tão próximos como o desejado... tem muito a ver com ele ter aparecido depois e eu demorar pra me soltar, mas nos considero amigos, porque fazemos piadas e rimos como tal. o usume é meu confidente, companheiro; eu não consigo pensar em algo sobre mim que ele não saiba, e mesmo sendo muito quieto, eu sei tudo sobre ele também, mesmo as coisas embaraçosas. apesar de mantermos uma amizade de muito tempo, sempre parece novo rir com ele, é como se fossemos bons espelhos um do outro. o sungyoon é uma visão borrada; somos próximos, mas não o suficiente. ele costura pra mim e me ouve desabafar sobre as coisas que os outros não tem paciência, apesar de mais novo que eu, sempre parece meu pai. o seunghoon subiu de nível, eu sei, mas... preciso falar do meu melhor amigo, porque sinto a obrigação. também sinto que devo muito à ele, porque é uma dívida, um sentimento recorrente. mesmo que briguemos e xinguemos, ele continua sendo uma das melhores coisas da minha vida, que eu não quero imaginar o mundo sem porque parece errado eu sem ele — eu chamaria de irmão, mas eu não sou tão imoral assim. outro que mudou de espaço... woojin. minha pessoa, ele. nossa conexão veio de imediato e sinto que mesmo se não fossemos destinados, ainda assim teria acontecido. ele sabe muito sobre mim e eu muito sobre ele, e parece que nunca acaba... as risadas, os abraços, os apelidos... nunca acaba. ele é bonito por fora, mas mais ainda por dentro. o injun e eu nos conhecemos nos meus primeiros dias, eu quem falei com ele porque ele parecia algo como a realeza, um príncipe. eu sentei ao lado dele e ele me elogiou... me baguncei por dentro, mas ele era tão novinho que eu o vi como um filho e ele correspondeu a sensação, apesar de agora estar quase casado, eu ainda o vejo como alguém que tem medo de estar sempre se ferrando com tudo; o amo, apesar de não nos falarmos mais com frequência. o leric é um amigo novo, mas especial... parece que temos a mesma vibe e ele canta muito bem, então gostamos de falar sobre música e nossas visões da vida; como sempre fui ruim em matemática, o admiro muito como alguém inteligente. e por fim, meu irmão roubado... wooyoung é um doce, eu vejo nele algo que me faz pensar em mim, e sinto vontade de protegê-lo porque não tive quem o fizesse por mim. enfim, apenas amor. e muito.
do you have a spouse or significant other? if so, describe this person.
já era difícil responder isso com dois, agora então? veja bem, eu namoro com o hyungsik e o youngjae, que são pessoas muito distintas em personalidades, mas funcionam. o hyungsik é estudante de psicologia como eu e ele só me provou que somos nós mesmos que precisamos de outros profissionais da área. apesar de ser extremamente birrento e estressado, é a pessoa mais profunda que conheço; carrega de uma inteligência emocional enorme e sempre sabe ouvir, sabe o que dizer. amar o hyungsik é uma loucura, porque ele sempre parece prestes à explodir da maneira mais intensa possível, e você espera que ele faça porque mesmo bravo, ele é lindo. mesmo triste, é estonteante. é difícil não olhar para ele e difícil não querer estar com ele, como um ímã. mesmo com mil conversas de madrugada, nunca seria o suficiente para conhecê-lo, porque ele é uma infinidade de partículas que se multiplicam. quanto ao youngjae... ele foi meu primeiro crush entre os dois, confesso. é meu completo oposto, enquanto o hyungsik e eu nos parecemos muito. o youngjae não teve uma vida fácil, mas ele faz viver parecer tão bonito e o mundo parecer tão simples, que você confia nele. eu faria qualquer coisa por aquele sorriso e ainda não seria o suficiente, porque o universo cabe ali nos olhinhos de meia-lua. às vezes ele me irrita por ser tão inocente, beirando o infantil; mas o vejo crescer e é bonito, dá vontade de pedir pra ele gargalhar só mais uma vez antes de ficar sério porque dá medo de não ter mais aquela doçura. mesmo que ele sempre esteja bem e falando a verdade, sinto necessidade de fazer ele se sentir confortável e incluído, e vejo que ele faz o mesmo comigo... trabalhamos bem juntos, porque somos um bom casal. eles são minhas vidas. recentemente as coisas se abalaram e eu conheci algo novo sobre mim, sobre meu passado; o woojin é minha alma gêmea no sentido mais literal possível, e fui eu mesmo quem escolhi. nada mais justo, afinal, nos encaixamos perfeitamente. por vezes posso fugir e ter medo, mas quando sinto o choque dos dedos dele nos meus, o mundo para e meu coração vira uma bagunça e minha mente só diz: é ele, calma. e tudo bem ser ele, eu tenho lidado melhor... acho que meus dias não tem graça sem as palavras cheesy e flertes safados, tal qual o sorrisinho divertido e cabelos bagunçados. ele é tão bonito que o fôlego se perde, dá pra entender bem porquê ele é modelo... mas no meu mundo, ele poderia ser qualquer coisa; sorte a minha que ele escolheu ser meu, ou eu não estaria aqui para contar a história. e o seunghoon... aigooya, eu o odeio tanto que amo. sei que nossos sentimentos são confusos, por isso é difícil explicar, mas ele faz parte do que vivo agora e é bom, porque mesmo me irritando muito, eu ainda gosto de dormir no colo quentinho sentindo a respiração descompassar pelo nervosismo. é simples, carinhoso e preocupado, quase algo que você não vê no mundo real. ai, ai... o fardo de ser tão amado e ainda ser capaz de devolver todo o amor numa intensidade do caralho.
have you ever been in love? if so, describe what happened.
na primeira vez foi ruim, até assustador. obviamente meu primeiro amor pareceu não convencional por ser um homem, então eu não consegui fazer funcionar pelo medo. recentemente descobri que amar de verdade é algo muito diferente do que eu pensava... e estou indo relativamente bem.
what do you look for in a potential lover?
olha, já tive essa ideia concreta... mas agora vendo onde estou e com quem estou, percebo que é questão da vida, não da escolha.
how close are you to your family?
quase nada, honestamente.
have you started your own family? if so, describe them. if not, do you want to? why or why not?
não, e não sei se vai ser possível um dia. não é algo que preciso desesperadamente, mas gostaria de poder adotar no futuro pois adoro crianças.
who would you turn to if you were in desperate need of help?
o hyungsik.
do you trust anyone to protect you? who, and why?
os quatro; hyungsik, youngjae, seunghoon e woojin. e também confio muito no sungyoon para isso.
if you died or went missing, who would miss you?
não tenho como saber, mas minhas apostas estão em todos que citei hoje.
who is the person you despise the most, and why?
não tem. é uma palavra forte, e eu apenas desgosto de algumas pessoas.
do you tend to argue with people, or avoid conflict?
eu tento fugir se for algo sentimental, mas em outras situações eu não tenho medo de brigar e me imponho facilmente.
do you tend to take on leadership roles in social situations?
às vezes, depende muito. só se for naturalmente, como ocorreu com a banda.
do you like interacting with large groups of people? Why or why not?
não gosto muito de interagir, mas também não me importo e não me acanho de falar se for necessário.
do you care what others think of you?
já fiz muito isso, mas hoje dia quero que todo mundo se foda e minha pele se hidrate.
part 6: likes and dislikes
what is/are your favorite hobbies and pastimes?
além do que faço por trabalho, como cantar, eu gosto muito de dançar e aprender coreografias. eu gosto muito de ver séries criminais e de suspense, essas coisas que você fica tentando entender como aconteceu e no fim ninguém está certo, sabe? eu amo ler livros de terror na mesma intensidade que gosto de ler livros sobre psicologia; mesmo estudando, sempre gostei muito de aprender e considero um hobby, porque passo boa parte do tempo assim. gosto de ver tutoriais de maquiagem no youtube, mesmo que depois eu tente incorporar com o pouco que tenho e chore porque acho horroroso. e também fazer as unhas, skincare, coisas do tipo... acho muito bom se cuidar, é.
what is your most treasured possession?
minha pasta com minhas composições no computador e o anel de noivado da minha avó, que fica ao lado da minha cama pra me lembrar que eles me amam tanto quanto se amaram quando eram capazes.
what is your favorite color?
vermelho.
what is your favorite food?
eu gosto de camarão, mas nunca consigo comer — deve ser por isso que é tão especial. de bobeira, assim... eu amo balas de abacaxi.
what, if anything, do you like to read?
livros de terror (contos ou true crime), biografias, livros de estudo e alguns romances aí que me deixam idiota.
what is your idea of good entertainment (consider music, movies, art, etc.)?
shows de rock com qualidade duvidosa, filmes que eu não entendo e depois preciso analisar e interpretar da minha maneira e a arte abrange muitas coisas, tudo é bom porque arte é necessária. eu adoro musicais, no entanto... e peças de teatro.
do you smoke, drink, or use drugs? if so, why? do you want to quit?
bebo socialmente e sou fumante há alguns anos. eu não pensava em parar, mas minha alma gêmea parece se interessar na ideia.
how do you spend a typical saturday night?
na casa do hyungsik, cozinhando com o jaejae e ouvindo música.
what makes you laugh?
quase tudo, mesmo que pareça sério, eu rio muito fácil, principalmente dos meus amigos e de números de teatro.
what, if anything, shocks or offends you?
preconceito de qualquer forma, principalmente os que me atingem diretamente ou parecem mentira de tão absurdos.
what would you do if you had insomnia and had to find something to do to amuse yourself?
acho que ficaria vendo mukbang na internet até a fome ser maior que o sono.
how do you deal with stress?
eu choro. é isso. e fujo.
are you spontaneous, or do you always need to have a plan?
eu sou espontâneo, costumo fazer as coisas na louca e pensar nas consequências mais tarde.
what are your pet peeves?
pessoas que se atrasam, quando eu coloco algo em algum lugar e alguém muda, pessoas que falam cuspindo ou tocando, quando sou interrompido no meio de uma frase ou tentam me explicar algo que eu já sei, quando eu falo com alguém e a pessoa não tira os fones de ouvido para me responder, deixar a tampa do vaso erguida...
Part 7: Self Images And Etc.
describe the routine of a normal day for you. how do you feel when this routine is disrupted?
acordo, me enrolo vinte minutos até ir pro banho escovar os dentes. me arrumo, passo maquiagem, arrumo os remédios dos meus avós e converso com eles para ter certeza de como se sentem, ligo para a cuidadora do dia e tomo um copo de leite gelado. depois disso eu pegava o ônibus, mas agora o hyungsik me busca, então é mais raro. estudo, passo um tempo com o clube dos cinco e outros amigos, depois vou pro ensaio e como com o pessoal. depois... casa (às vezes a minha, às vezes do sik), fico vendo novela com minha avó e comentando a vida, cozinho para quem estiver na casa (e eu, claro), depois me ocupo com meus interesses pessoais e logo antes de dormir ligo para o hyungsik para dormirmos juntos. normalmente eu não me incomodo com mudanças, as únicas coisas que me deixariam irritado ou desconfortável seria não poder ver meus avós de manhã, não poder ver meus quatro, não ver a novela com eles e não falar com o hyungsik ao telefone a noite.
what is your greatest strength as a person?
sou muito determinado e independente, acho que essas são minhas maiores virtudes enquanto pessoa, junto com a minha criatividade.
what is your greatest weakness?
sou impulsivo e inseguro emocionalmente.
if you could change one thing about yourself, what would it be?
a coisa acima. não quero machucar ninguém por ser explosivo e impulsivo.
are you generally introverted or extroverted?
meio termo.
are you generally organized or messy?
sou extremamente organizado.
name three things you consider yourself to be very good at, and three things you consider yourself to be very bad at.
sou bom em performar, elaborar coisas que envolvem palavras (trabalhos, músicas, até mesmo meu tcc) e mentir. sou muito ruim tocando bateria, expressando sentimentos e com esportes, principalmente futebol e derivados. vôlei até vai, vai...
do you like yourself?
meh. sim.
what goal do you most want to accomplish in your lifetime?
seguir com minha carreira de artista e inspirar e salvar pessoas com minha arte.
where do you see yourself in 5 years?
com a sinphony, em uma turnê? quem sabe...
if you could choose, how would you want to die?
dormindo, bem quietinho.
if you knew you were going to die in 24 hours, name three things you would do in the time you had left.
ir à um festival com minhas pessoas favoritas (e se der sorte, performar nele), viajar para iksan e ver onde cresci e abraçar os meus avós.
what is the one thing for which you would most like to be remembered after your death?
por quem eu fui. independente de onde estiver até lá, quero uma visão crua de mim. quero ser uma lenda, aliás.
what three words best describe your personality?
artista, vulnerável e dedicado.
what three words would others probably use to describe you?
perguntei, pra ser accurate. o hyungsik é uma coisa diferente e disse... sentimento; okay, dude. o youngjae disse lucidez e o woojin disse surpresa. são só três, mas pra não deixar de fora, o seunghoon disse medo.
if you could, what advice would you, the player, give to your character? (you might even want to speak as if he or she were sitting right here in front of you, and use proper tone so he or she might heed your advice…)
deoksu, você é maluco. você é amado como deve, é apreciado como deve e é incrível, mesmo sendo uma coisinha complicada e difícil de controlar, mesmo pra mim. por favor, se olhe com menos trauma e mais presente.
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Eu sempre vi minha mãe aguentar homens que queriam apenas brincar com o sentimento dela e era triste ver isso, porque eu tinha que acreditar no que ela sempre me falava: "Filha, relacionamento hoje em dia pode ter amor, mas não é amor de conto de fadas, principes e princesas, onde dura para sempre e com um final feliz. A gente precisa aguentar o homem desvalorizando o nosso amor por uma outra menina qualquer porque sexo é a única coisa que importa. Mas acredite que o problema não são só os homens, porque existem muitas mulheres assim também que ilude, que trai, que desvaloriza o amor de um homem. Mas no fundo eles sabem que quem os ama, estará lá disposto a perdoarem uma traição ou simplesmente pra suprir a necessidade que eles precisam de ter uma casa arrumada, comida na mão e alguém que vai ouvi-los reclamar de como o dia foi estressante no trabalho no final do dia. Afinal, nem toda mulher faz isso. Assim, como muitos homens também sofrem na mão de uma mulher. Fazem de tudo por ela e no final ela não valoriza o amor que tem." E quando você inicia sua vida amorosa, parece ser bem assustador e no fundo é mesmo. Mas você ainda tem esperanças de que tudo ocorra como o relacionamento de seus avós ou bisavós, enfim. Qualquer relacionamento de pessoas que você conviveu e que estão juntos até os dias de hoje. Eu não sei se vou me expressar muito bem, mas espero que me entendam. Eu fui criada com meus avós, em tudo que eles faziam eram juntos, se tinha que comprar um piso novo pra cozinha, eles decidiam e convensavam juntos. E eu desde nova sempre achei a fidelidade deles encantadora e desejava encontrar um amor assim. Eu sonhava que perderia minha virgindade com a única pessoa que eu fosse passar o resto da minha vida. Ou seja, eu era ingênua de pensar que poderia acontecer comigo um amor como o de meus avós em pleno século 21. A era onde a essência e o valor de amar não tem tanto sentido. Eu falo isso porque tive três grandes frustações ao longo dos meus 19 anos. É, eu sei que sou muito nova para falar de relacionamento. Mas acredito eu que já passei por tudo ou quase tudo pra entender o que me espera futuramente. Continuando, como eu convivi com meus avós, mesmo tendo os pais separados, eu sempre pensei que amaria uma única pessoa em toda minha vida e que eu consequentemente iria me casar com ela. E então tive meu primeiro namorado aos 12 anos. E como existe a imaturidade nessa época e a inesperiência me fizeram perder uma pessoa que poderia ter sido um grande amor. Na época, meu pai queria pegar a minha guarda e eu fiquei com medo dele descobrir o meu namoro, e usar contra minha mãe no tribunal alegando que eu pudesse engravidar nova porque minha mãe já havia deixado eu namorar muito nova. E como eu não tinha cabeça na época, eu pedi para uma amiga que terminasse com ele por mim porque no dia eu estava indo morar com meu pai algumas semanas, então ele estava bastante perto da casa desse fulaninho, então eu não podia falar com ele pois tinha medo de que meu pai aparecesse, e desse uma confusão muito maior. Mas, como todo pai que não age como um pai, eu voltei a morar com a minha mãe e chamei ele para conversar e explicar o porquê de eu ter sido tão ausente, e ter feito o que eu fiz. Ele disse que entendeu, me desculpou e nós voltamos. Mas ele havia se tornado uma outra pessoa. E o nosso namoro não foi mais o mesmo, ficou ioiô, um vai e vem sem fim por uns dois meses. A gente terminava na sexta e voltava domingo. Até o dia em que ele terminou comigo de vez e assumiu relacionamento sério com outra pessoa. Uma pessoa na qual eu soube que ele me traiu com ela. E meu amor por ele seguiu por seis anos, nesses seis anos ouvi ele me dizer que havia se perdido com outra pessoa, me contava detalhes, éramos bastante íntimos e amigos. Mas é claro que isso me magoava, mas valia o sacríficio da dor em ouvi-lo desabafar sobre seus relacionamentos do que não ter ele ali. Eu sempre me culpei pelo o que aconteceu entre a gente. Ele me tinha na palma da mão, eu estava cega de amor por ele. Mas até que preferi me afastar, não dava mais pro meu psicólogico aquela situação de ser submissa por alguém que se me amasse teria reconhecido tudo o que fiz por ela ao longo desses 6 anos. Um ano depois, ele me reaparece dizendo que eu sou a mulher da vida dele e que o Destino sempre o fazia lembrar de quem eu fui na vida dele. Um marco muito grande. E nessas conversas, decidimos voltar. E voltando, errei feio ao achar que ele havia mudado. Uma semana depois da nossa volta, ele me aparece em um relacionamento sério com outra. Eu nunca havia chorado tanto quanto naquele dia, e não por ele ter sido idiota, mas por ele ter esperado eu me refazer para me reaparecer e me prender novamente. Era um beco sem saída, de repente, tudo era ele de novo. Mas foi ali, naquele exato momento que eu disse CHEGA. Segui a minha vida e nessas idas que a vida deu, conheci outra pessoa. Mas foi tudo muito intenso, parecia que eu o conhecia de outra vida, como se a gente tivesse uma grande ligação. Conversámos sobre tudo em uma única noite e três dias depois estavámos namorando. E você pode dizer, como eu ouvi dizerem: "Nossa, tão pouco tempo, como vocês sabem que se amam? E se ele for um psicopata? E se não der certo? Ese..." Bom, gente. Primeiramente eu quero dizer que eu não sabia se ia dar certo, eu não sabia quem ele era, apesar dele ter os mesmo ciclo de amizade que eu, eu não sabia de onde ele vinha e tampouco o passado dele, mas eu de alguma forma sabia que o amava. E essa relação durou por dois anos. Em dois anos tivemos momentos incríveis, por ele ter sido meu primeiro relacionamento sério, de apresentar a família, de oficializar, realmente. E foi com esse fulaninho que eu perdi a minha virgindade com quatro meses de namoro. Como eu já havia dito, nosso relacionamento era bem intenso, a gente era igual unha e carne, vivíamos juntos. Era um amor indescritível. E você pode me perguntar: "Se era um amor tão amor como você diz ser, porque terminaram?" Porque começamos a almejar coisas diferentes. Quer dizer, eu sempre sonhei em me casar, perder minha virgindade com a única pessoa que vai passar o resto da vida comigo. E ter uma relação saudável igual aos dos meus avós. Porém, depois de quatro meses de namoro o objetivo dele começou a mudar. Ele queria aproveitar a vida de solteiro, ele se achava muito novo para um compromisso sério, a gente entrou num estágio de quase morar junto, a gente praticamente nos viámos todos os dias. E esses objetivos não eram os meus, mas a gente se amava muito e não sabiámos como lidar com a situação. Era tudo muito novo pra nós dois. E ai começamos a ter brigas sérias, agressões verbais, psicológico agredido, o emocional fraco, e no meio de muita coisa boa em nosso relacionamento, a gente acabou se perdendo talvez por sermos inesperientes. Porque ele não foi o único culpado disso tudo, eu errei muito também e confesso que independente de tudo a gente sabe. Nossa relação não era mais saudável. Terminamos e ao longo de dois meses. Eu me desconheci de quem eu era, transei com outra pessoa, perdi minha essência, desacreditei de tudo aquilo que eu sempre almejei na minha vida. Depois, sem nenhuma vergonha na cara, a gente voltou. Deu certo por uns meses, mas não era mais a mesma coisa pra mim. Eu já não sentia mais tanto amor como eu sentia. E eu me senti da mesma forma que eu me senti quando terminei com o primeiro fulaninho. Eu só queria distancia, por mais que fosse doer. Eu não queria sofrer por mais seis anos por ninguém na minha vida. E a vida seguiu de novo pra mim, e dois meses depois eu comecei a namorar. E você pode dizer novamente: "Menina, mas você precisa ficar sozinha e se aproveitar. Mal saiu de um relacionamento conturbado e já vai se relacionar? Não comece outro relacionamento amando outra pessoa." Mas ai é que está, eu me sinto bem comigo mesma e não sinto vontade de ficar só; Esse lance de ficar com vários ou com um, ou de iludir, magoar alguém, não é pra mim. Eu sempre gostei da vida a dois, mas infelizmente eu não havia encontrado ninguém ainda pra partilhar esse gosto. E também, nenhuma pessoa é igual a outra, eu não vou me trancar dentro do quarto e fingir que o mundo não existe, e nem que eu vou me privar de namorar outra vez sendo recente ou não, quem sabe o tempo das minhas cicatrizes, sou eu. E eu estava bem, ótima na verdade. E em nenhum momento comecei a me relacionar para esquecer outra pessoa. Eu comecei porque eu realmente estava gostando da pessoa. Mas foi nesse relacionamento onde minha cabeça mudou, tudo ficou mais claro sobre o que minha mãe tanto falava. Nesse relacionamento houve agressões, houve psicológico mais fodido ainda, emocional fragilizadissímo, ambos estavam esgotados. E apesar de tanta esgotação, a gente se amava e não queríamos nos separar. Mas dessa vez foi diferente. Não era igual aos que eu havia sentido pelo os outros dois fulaninhos. Não que o que eu senti por eles não fossem amor, mas era algo além de amor. Era um eu quero querer mesmo sabendo que querer não pode ser uma opção, porque no final a gente sabe que quer e que iremos nos decepcionar. Mas a gente prefere esperar pra quebrar a cara, a gente insiste em insistir, e a gente ama como se a pessoa fosse teu mundo. Nesse relacionamento eu aguentei conversinhas nas redes sociais, cantada em outras mulheres, desrespeitos, mentiras, enganações, desvalorização de um amor. E ai eu entendi o que minha mãe sempre me disse. Amor existe, não como nos contos de fadas, principes e princesas, com um final feliz e para sempre. O amor existe e o amor é sacrifícios, é perdoar, é insistir, é esperar a pessoa estar pronta pra te amar mesmo que doa a espera. Amar é sofrer todos os dias, é melhorar, é simplesmente querer que a pessoa queira ficar. É amar nem que seja por um segundo, por vocês dois. E você pode julgar o quanto quiser ao dizer que eu sou trouxa, eu posso ser maluca de perdoar, eu posso ser corna, eu posso ser tudo. Mas cada um que tá num relacionamento sabe quando é recíproco e quando não é, porque só quem tá no relacionamento conhece a pessoa de verdade e sabe sim o futuro do relacionamento de vocês. Pode não aceitar, mas a gente sabe. E não cabe ninguém a nos julgar, porque a gente diz que nunca perdoaria uma traição, mas quando acontece com você e com uma pessoa que você ama, você perdoa. Você pode viver o resto da sua vida jogando isso na cara da pessoa, mas perdoa. Hoje eu entendo que príncipes e princesas não existem, que somos passíveis de erros todos os dias, que a gente sofre quando amamos alguém e quando somos amados.
O quão longe você aguenta os erros de alguém por amor?
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